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Gerdau paralisa produção em 5 unidades por fraco desempenho

A siderúrgica disse que a transferência é temporária e será retomada quando a demanda por aço no Brasil voltar a subir


	Gerdau: a transferência da produção é temporária e será retomada quando a demanda por aço voltar a subir
 (Germano Lüders/EXAME)

Gerdau: a transferência da produção é temporária e será retomada quando a demanda por aço voltar a subir (Germano Lüders/EXAME)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 19 de dezembro de 2014 às 11h31.

São Paulo - Por causa do cenário econômico complicado e do fraco desempenho do mercado de aço no Brasil, a Gerdau interrompeu temporariamente a produção em cinco unidades no país.

A produção foi interrompida em Araucária (PR), Simões Filho (BA), Curitiba (PR), Sorocaba (SP) e Água Funda (SP) e transferida para as outras localidades no Brasil.

“A redução de postos de trabalho foi o último recurso da empresa após a tomada de uma série de medidas para evitá-la”, afirmou a empresa.

A siderúrgica disse que a transferência é temporária e será retomada quando a demanda por aço no Brasil voltar a subir. A Gerdau assegurou, em comunicado, que “o atendimento aos clientes se manterá inalterado”.

A demanda enfraquecida prejudicou a empresa em 2014. Duas das unidades estavam operando com apenas 40% da capacidade. Somadas, a produção das cinco unidades paralisadas poderia chegar a um milhão de toneladas, 4% da capacidade total de produção de aço da Gerdau no mundo.

No Brasil, a Gerdau tem outras 12 usinas de aço, além de unidades laminadoras e de beneficiamento.

Motivos

Entre as razões para a paralisação apontados pela siderúrgica, está a queda na demanda de aço do país. O consumo caiu 11% no terceiro trimestre de 2014 em comparação com igual período do ano anterior, segundo dados do Instituto Aço Brasil.

Além da queda de consumo, outro motivo foi o aumento das importações de aço. A América Latina é a segunda região que mais importa aço laminado da China, atrás apenas da Coréia do Sul. O volume importado aumentou 54% nos oito primeiros meses de 2014. 

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