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Gerdau investiu R$ 676,8 milhões no 1º trimestre

Do valor total investido no trimestre, 49,1% foram destinados para a ON Brasil


	Forno da Gerdau: do valor total investido no trimestre, 49,1% foram destinados para a ON Brasil
 (Miriam Fichtner/Pluf Fotos)

Forno da Gerdau: do valor total investido no trimestre, 49,1% foram destinados para a ON Brasil (Miriam Fichtner/Pluf Fotos)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2014 às 11h23.

São Paulo - Os investimentos em ativo imobilizado da Gerdau somaram R$ 676,8 milhões no primeiro trimestre de 2014, segundo informa a empresa em relatório financeiro divulgado nesta quarta-feira, 7.

Conforme a companhia, do valor total investido no trimestre, 49,1% foram destinados para a ON Brasil (que inclui as operações de aço no Brasil, exceto aços especiais, e a operação de carvão metalúrgico e coque na Colômbia), 20,2%, para a ON Aços Especiais (inclui as operações de aços especiais no Brasil, na Espanha, nos EUA e na Índia), 11,7%, para a ON América do Norte (exceto México e aços especiais), 11,5%, para a ON América Latina e 7,5%, para a ON Minério de Ferro (no Brasil).

A siderúrgica destaca que ao longo dos primeiros três meses do ano tiveram continuidade os seguintes principais investimentos em projetos para expansões de capacidades: laminador de chapas grossas em Ouro Branco (MG), aumento da capacidade de minério de ferro em Miguel Burnier (MG), novo lingotamento contínuo em Saint Paul, Minnesota, construção de uma aciaria na Argentina, construção de uma nova usina produtora de perfis estruturais, por meio da joint venture Gerdau Corsa, no México e aumento de capacidade de aço, laminados e acabamentos na usina de Monroe, Michigan.

Dívida líquida

A Gerdau informou que a sua dívida líquida ao fim do primeiro trimestre do ano estava em R$ 12,866 bilhões, aumento de 1,35% em relação ao mesmo período de 2013. Em relação ao quarto trimestre do ano, o aumento foi de 6,38%.

Já a alavancagem medida pela razão da dívida líquida sobre o Ebitda ficou no primeiro trimestre em 2,5 vezes, ante 3,2 vezes observada no mesmo período de 2013. 

No último trimestre do ano passado a alavancagem já estava em 2,5 vezes.

O caixa da siderúrgica gaúcha ficou em R$ 3,52 bilhões, crescimento de 92% em relação ao registrado um ano antes. Ante o trimestre imediatamente anterior houve uma queda de 16,6%. A Gerdau explica, no documento que acompanha o seu demonstrativo financeiro, que a redução do caixa em relação ao fim de dezembro do ano passado ocorreu pelo aumento sazonal de capital de giro.

A Gerdau lembra que no dia 9 de abril deste ano realizou a captação de US$ 500 milhões, por meio de um Bond, com vencimento de 30 anos e cupom de 7,25% ao ano. Os recursos foram utilizados, destacou, para alongamento da dívida e "propósitos gerais".

Além disso, no dia 10 de abril, também neste ano, a Gerdau anunciou uma "oferta de troca" de parte dos Bonds com vencimento em 2017 e 2020 pela nova emissão de um Bond com vencimento em 2024 e cupom de 5,893%, no valor de até US$ 1,25 bilhão.

"Adicionalmente, anunciou uma "oferta de aquisição" de parte dos Bonds com vencimentos em 2017 e 2020 no valor de até US$ 250 milhões. Ambas as operações serão concluídas na primeira quinzena de maio", informou no documento.

Aço

A produção consolidada de aço bruto da Gerdau totalizou 4,557 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2014, o que representa uma expansão de 3,3% ante o registrado no mesmo período do ano passado.

As vendas de aço, por sua vez, recuaram 3,7% entre janeiro e março para 4,387 milhões de toneladas.

A empresa explica que o volume de vendas apresentou redução ocasionada pelas menores exportações a partir da unidade no Brasil e pela redução das vendas na América do Norte em função do forte inverno e do aumento das importações.

Sobre as operações no Brasil, a companhia detalha que a produção de aço bruto recuou 5,8% no primeiro trimestre ante igual intervalo de 2013 para 1,609 milhão de toneladas, enquanto as vendas de aço tiveram queda de 11,7%, para 1,597 milhão de toneladas.

Desse total, 1,442 milhão de toneladas foram destinadas ao mercado interno (alta de 1,8%) e 155 mil toneladas para exportação (queda de 60,4%).

Segundo a empresa, as vendas de aço apresentaram redução pelas menores exportações, resultantes do mercado internacional pouco demandado, com preços deprimidos, e do excesso de capacidade de aço no mundo.

"No mercado interno, a demanda nos diferentes setores atendidos pela Gerdau apresentou relativa estabilidade no período", destaca.

Minério de ferro

A produção de minério de ferro totalizou 1,736 milhão de toneladas no primeiro trimestre, crescimento de 54,4% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Na comparação com o quarto trimestre de 2013, houve um recuo de 5,8%.

As vendas do insumo cresceram 119,3% na mesma base de comparação para 2 milhões de toneladas. Em relação ao último trimestre de 2013 houve queda de 6,5%.

Desse volume, 812 mil toneladas foram destinadas para unidades da Gerdau (queda de 10,3%) e 1,188 milhão de toneladas para terceiros, ante 7 mil toneladas vendidas no mesmo trimestre de 2013.

Segundo a empresa, o aumento da produção ante o primeiro trimestre do ano passado se deveu à entrada em operação da nova unidade de tratamento de minério (UTM), em setembro de 2013.

Em relação ao quarto trimestre, a redução na produção ocorreu devido à menor necessidade de minério de ferro na usina de Ouro Branco (MG) em função da parada no alto-forno.

O aumento das vendas na comparação entre os primeiros trimestres, por sua vez, deve-se segundo a empresa, a comercialização de minério de ferro para terceiros, que começou a se intensificar nos últimos três meses do ano passado, em função, principalmente, da expansão de capacidade de produção.

Aços especiais

A produção do segmento de aços especiais somou 856 mil toneladas entre janeiro e março, uma expansão de 7% sobre o mesmo período do ano passado. As vendas, por sua vez, cresceram 13,6% para 758 mil toneladas.

Segundo a empresa, a melhora se deve às unidades no Brasil e na Índia, esta última em função do processo da curva de aprendizagem.

Sobre as vendas, a empresa ressalta que houve crescimento em todas as regiões, com destaque para a unidade na Índia.

Receita

A receita líquida da divisão de mineração somou R$ 316 milhões, um aumento de 300% ante o apurado no mesmo intervalo de 2013, explicado pelos maiores volumes vendidos para terceiros, com o consequente aumento da receita líquida por tonelada vendida, influenciado pelas exportações.

Na comparação com o quarto trimestre houve recuo de 15,5%, devido aos menores preços no mercado internacional e aos menores volumes vendidos no período comparado.

O custo das vendas entre janeiro e março foi de R$ 197 milhões, um aumento de 212,7% sobre o mesmo período do ano passado. Segundo a empresa o crescimento deve-se aos maiores fretes, em função das exportações, e dos maiores volumes vendidos.

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