Operação da Gerdau: empresa apresentou perda financeira de R$ 673 milhões no 4º tri (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 4 de março de 2015 às 10h25.
São Paulo - A dívida líquida da Gerdau ao fim do ano passado cresceu 10,2% na relação anual para R$ 13,329 bilhões. Em relação ao visto no fim de setembro a dívida caiu 0,9%.
Segundo o documento que acompanha o seu demonstrativo financeiro a Gerdau explica que a queda da dívida na relação trimestral se deu devido ao aumento do caixa.
No trimestre, o caixa fechou em R$5,849 bilhões, alta de quase 40% em relação ao observado um ano antes. O aumento de R$ 1,2 bilhão no caixa, na relação trimestral, ocorreu pela venda da participação que era detida pela Gallatin Steel Company.
A alavancagem, medida pela razão da dívida líquida pelo Ebitda, ficou em 2,4 vezes no quarto trimestre, ante 2,5 vezes no mesmo trimestre de 2013 e de 2,7 vezes no terceiro trimestre de 2014.
A dívida bruta chegou a R$ 19,178 bilhões, aumento de 17,5% em relação ao visto no ano anterior. Em relação ao observado no trimestre imediatamente anterior o aumento foi de 5,8%.
Segundo a siderúrgica gaúcha, ao fim do ano a dívida bruta era composta por 8,8% de curto prazo e 91,2% de longo prazo. A exposição da dívida bruta, considerando o principal e os juros, em moeda estrangeira era de 78,7%.
O aumento da dívida bruta em R$ 1,1 bilhão de setembro para dezembro de 2014 se deveu ao efeito da variação cambial do período.
Desconsiderando este efeito, a dívida bruta teria reduzido em R$ 412 milhões", segundo o documento divulgado na manhã desta quarta-feira, 4.
Resultado financeiro
A Gerdau apresentou perda financeira de R$ 673 milhões no quarto trimestre, aumento de 89,6% em relação ao visto um ano antes. Em relação ao terceiro trimestre o crescimento foi de 17%.
A Gerdau explicou que na relação anual a maior perda financeira é explicada por causa da maior variação cambial líquida negativa sobre os passivos contratados em dólar.
Já em relação ao trimestre imediatamente anterior a maior perda ocorreu pelas maiores despesas financeiras das subsidiárias no exterior, em função também da variação cambial.