Negócios

George Soros, de 92 anos, passa império bilionário a seu filho Alexander

De acordo com a imprensa americana, magnata se prepara para entregar o controle da Open Society Foundations para filho de 37 anos, que já preside o conselho das fundações

A OSF controla a maioria dos ativos administrados de Soros, avaliados em US$ 25 bilhões (Simon Dawson/Bloomberg/Getty Images)

A OSF controla a maioria dos ativos administrados de Soros, avaliados em US$ 25 bilhões (Simon Dawson/Bloomberg/Getty Images)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 11 de junho de 2023 às 19h10.

Última atualização em 11 de junho de 2023 às 19h12.

O bilionário e filantropo americano George Soros, de 92 anos, está em processo de transferir o controle da Open Society Foundations (OSF) para seu filho Alexander Soros, de 37 anos, que deseja, em particular, combater o possível retorno de Donald Trump ao poder, segundo o jornal The Wall Street Journal (WSJ).

Odiado pelos ultraconservadores e frequentemente alvo de ataques com conotações antissemitas, George Soros começou a criar uma rede de fundações, a Open Society Foundations, na década de 1980, investindo em todo o mundo em prol de diversas causas, como reformas econômicas e judiciais, direitos das minorias, refugiados, liberdade de expressão e mudança climática. A OSF controla a maioria dos ativos administrados de Soros, avaliados em US$ 25 bilhões (R$ 122 bilhões).

Em uma entrevista ao WSJ publicada neste domingo, Alexander Soros explicou que é "mais político" do que o pai e que está preocupado com a possibilidade do ex-presidente republicano ser reeleito para a Casa Branca em 2024. "Eu adoraria ver o dinheiro não desempenhando um papel tão importante na política, mas enquanto a outra parte o fizer [por meio de contribuições], nós também teremos que continuar fazendo", disse ao jornal.

Sob sua liderança, a OSF deve continuar seguindo o mesmo caminho — apoiando democracias e figuras políticas mais progressistas nos Estados Unidos — mas também adicionar outras causas, como o direito ao aborto e a igualdade de gênero.

Alex na OSF e na política

Alexander Soros foi eleito presidente do conselho das fundações em dezembro e agora lidera as atividades políticas agrupadas no chamado "super PAC", uma estrutura que desembolsa fundos para as campanhas dos candidatos políticos em disputa. Ele é o único membro da família que faz parte do comitê de investimentos do Soros Fund Management, a entidade que supervisiona os fundos filantrópicos, de acordo com o WSJ.

A maior parte dos US$ 25 bilhões de dólares (R$ 122 bilhões) com os quais o fundo está dotado será destinada à OSF nos próximos anos, e US$ 125 milhões (R$ 610 milhões) foram destinados ao super PAC.

O filho de Soros afirmou que deseja se envolver mais na política dos Estados Unidos do que seu pai. Ele apoia programas que incentivam eleitores latinos e afro-americanos a votar e pede aos legisladores democratas que interajam mais com seus eleitores. Recentemente, ele se reuniu com funcionários do governo Biden, o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, para pressionar por questões relacionadas à fundação da família.

"Nossas fileiras devem ser mais patrióticas e inclusivas. O fato de alguém votar em Trump não significa que esteja perdido ou seja racista", argumentou.

Acompanhe tudo sobre:Bilionáriosgeorge-soros

Mais de Negócios

Franquias no RJ faturam R$ 11 bilhões. Conheça redes a partir de R$ 7.500 na feira da ABF-Rio

Mappin: o que aconteceu com uma das maiores lojas do Brasil no século 20

Saiba os efeitos da remoção de barragens

Exclusivo: Tino Marcos revela qual pergunta gostaria de ter feito a Ayrton Senna