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General Shopping espera melhora de resultados para o final de 2011

Este é o prazo para que os shoppings em construção sejam entregues e comecem a gerar receitas

Outlet Premium: em 2010 a General Shopping aumentou sua participação nesse empreendimento

Outlet Premium: em 2010 a General Shopping aumentou sua participação nesse empreendimento

DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2011 às 18h40.

São Paulo - O lucro líquido da General Shopping, no segundo trimestre, repetiu a queda de cerca de 98% registrada na comparação entre o lucro líquido do primeiro trimestre de 2010 e o de 2009. No semestre, o prejuízo líquido foi de 358.000 reais.

A empresa reiterou a explicação usada no balanço do primeiro trimestre, de que em 2009, o lucro líquido incluía um desconto do BNDES, no valor de 15 milhões de reais, o que elevou o lucro do primeiro semestre de 2009 para 13,971 milhões de reais. Logo, a base de comparação era "atípica".</p>

Descontados os 15 milhões de reais, o lucro líquido do primeiro semestre de 2009 foi um prejuízo de cerca de um milhão de reais, superior ao prejuízo atual de 358.000 reais. A empresa credita esse valor negativo ao seu formato de crescimento - investindo na construção de empreendimentos, o que gera mais custos e menos receitas a curto prazo.

Volta ao azul

O diretor presidente da General Shopping, Alessandro Poli Veronezi, acredita que o lucro líquido será melhor somente no final de 2011, quando quatro dos cinco projetos que a empresa realiza atualmente terão sido entregues. "A base de comparação está corrompida e os gastos estão altos com a construção, mas isso deve se ajustar a partir do final de 2011", disse.

No momento, o General Shopping trabalha em duas expansões e três construções. As expansões são em Cascavel e em Guarulhos. As construções são em Barueri, na zona oeste do Rio de Janeiro, e um centro de convenções anexo ao Internacional Shopping em Guarulhos - a previsão de conclusão desse último é o início de 2012. A empresa tem 31,3% de sua área bruta locável (ABL) em construção, sendo que ela possui 190.000 metros quadrados de ABL.

 


Segmento premium

No final de 2009 a empresa anunciou ter planos de construir mais outlets no Brasil, mas até o momento, não apresentou nenhum lançamento. Nesse ano, a General Shopping aumentou sua participação no Outlet Premium de 30% para 50%. O diretor-presidente descarta a possibilidade de aumentar ainda mais a participação. "É melhor ter um pedaço de outro outlet do que mais do que 50% em um só", disse Veronezi.

A receita de aluguéis cresceu no semestre, mas a empresa espera uma possível diminuição do crescimento na segunda metade do ano, pois acredita em uma desaceleração no varejo, em decorrência da diminuição do crédito. "Colocamos que 14% é um número chinês, mas não é pra vida inteira", disse o diretor-presidente.

No segundo trimestre, a empresa renegociou sua dívida. A divida deixou de ser bancária de curto prazo para ser de 10 anos. Como a renegociação foi realizada na segunda quinzena de maio, os resultados não foram sentidos nesse balanço, segundo Veronezi

O endividamento bruto da empresa, em 30 de junho, totalizou 334,7 milhões de reais. Em 31 de março, este endividamento era de 329,6 milhões de reais. Considerando a posição de disponibilidades da companhia em 30 de junho, de 36,5 milhões de reais, o endividamento líquido total foi de 298,2 milhões de reais. O resultado financeiro líquido no primeiro semestre foi negativo em 28,3 milhões de reais, comparados com os 5,2 milhões de reais negativo no primeiro semestre de 2009.

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