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General Electric anuncia 12 mil demissões em todo o mundo

Medida faz parte de um plano que busca economizar, ao todo, 3,5 bilhões de dólares em um ano

GE: maioria dos cortes acontecerão fora dos Estados Unidos (David Cerny/Reuters)

GE: maioria dos cortes acontecerão fora dos Estados Unidos (David Cerny/Reuters)

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AFP

Publicado em 7 de dezembro de 2017 às 14h37.

A General Electric (GE) anunciou, nesta quinta-feira (7), um corte de 12 mil vagas de emprego no setor de energia GE Power. A medida faz parte de um amplo plano de restruturação, com o qual busca economizar, ao todo, 3,5 bilhões de dólares em um ano.

A maioria dos cortes acontecerão fora dos Estados Unidos, indicou o conglomerado industrial americano, sem dar maiores detalhes.

"Essa decisão é difícil, mas necessária, para que a GE possa reacionar a desaceleração do mercado de energia, que gera menos volume, tanto em produtos, como em serviços, explicou Russel Stokes, diretor da GE Power.

A GE Power, que não antecipou a queda dos preços na eletricidade no mercado e o colapso dos pedidos de turbinas, quer poupar 1 bilhão de dólares em custos estruturais em 2018.

A filial gerou um volume de negócios de 27 bilhões de dólares no ano passado e empregava, até o começo deste ano, 57 mil pessoas, quase um quinto dos 298 mil funcionários da General Electric no fim de 2016.

Com o fim dos 12 mil postos de trabalho, a GE Power reduzirá sua força de trabalho em 21%.

A empresa americana não está sozinha. Seu maior concorrente, o grupo alemão Siemens, anunciou no mês passado a eliminação de 6.900 empregos, sobretudo no ramo de energia.

Os mercados energéticos tradicionais, como gás e carvão, enfrentam uma desaceleração: os volumes caíram de forma significativa, tanto em produtos, quanto em serviços, especialmente devido à sobrecapacidade, a uma baixa taxa de utilização, ao aumento do número de fechamentos de fábricas termoelétricas e ao desenvolvimento de energias renováveis.

Esses fatores afetaram muito os resultados financeiros da GE, que teve os dividendos de novembro cortados pela metade.

O novo CEO, John Flannery, decidiu centralizar as atividades do grupo em três áreas - aeronáutica, saúde e energia - e vender 20 bilhões de dólares em ativos, inclusive o braço de tradicional de eletricidade, símbolo da empresa desde sua fundação, há 125 anos.

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