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Gazprom prevê aumentar fatia no mercado de gás europeu

À medida que a produção europeia declina, a produtora russa de gás afirmou que vai aumentar o domínio no mercado europeu na próxima década mesmo sem concessões de preços

Logo da Gazprom: participação da companhia crescerá para um terço do mercado de gás na Europa, de um quarto atualmente (Maxim Shemetov/Reuters)

Logo da Gazprom: participação da companhia crescerá para um terço do mercado de gás na Europa, de um quarto atualmente (Maxim Shemetov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 10h40.

Londres - A russa Gazprom, maior produtora de gás do mundo, afirmou que vai aumentar o domínio no mercado europeu na próxima década mesmo sem concessões de preços importantes e independentemente de pressões de rivais, à medida que a produção europeia declina.

A participação da companhia crescerá para um terço do mercado de gás na Europa, de um quarto atualmente, disse seu chefe da área de Exportação, acrescentando que não tem grandes preocupações sobre a crescente concorrência da Noruega e do gás e do carvão dos Estados Unidos.

"O declínio na produção de gás da Europa está acontecendo mais rápido do que o previsto", afirmou Alexander Medvedev à Reuters.

A russa Gazprom está sob pressão. O presidente Vladimir Putin e a maioria dos analistas a têm criticado por estar adormecida, enquanto a revolução do xisto nos EUA mudou o mundo ao seu redor.

A empresa também perdeu participação de mercado para sua rival europeia Noruega no ano passado, devido aos preços mais elevados.

A produção de gás em expansão nos EUA pressionou por grandes volumes de carvão barato para a Europa, reduzindo o consumo de gás no continente.

O boom de xisto nos EUA fez clientes na Europa mais agressivos nas negociações de preços com a Gazprom, exigindo preços mais baratos.

O executivo disse que a Gazprom já tem pré-vendidos 4 trilhões de metros cúbicos de gás para a Europa nas próximas décadas a um valor de mais de 1,5 trilhão de dólares a preços atuais. Os clientes têm que pagar multas se cortarem importações, em contratos conhecidos como "take-or-pay", que penalizam por compras abaixo do acordado.

"Nossos contratos estipulam que aqueles que não compram o nosso gás pagarão por isso de qualquer maneira", disse ele.

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