Negócios

Gasto com pessoal pode cair para 17% na GOL

No início de abril, a companhia anunciou que foram efetivadas 131 demissões de funcionários

O número total das demissões a serem feitas pela companhia ainda não foi decidido (Divulgação)

O número total das demissões a serem feitas pela companhia ainda não foi decidido (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2012 às 14h29.

Rio de Janeiro - A redução de pessoal da GOL mostra claramente que o custo deste segmento para a companhia está caindo, podendo passar de 20 por cento do total de custos da empresa para algo entre 17 e 18 por cento do total, segundo o vice-presidente e diretor financeiro da companhia, Leonardo Pereira.

No início de abril, a empresa anunciou que foram efetivadas 131 demissões de funcionários, o que garantia à companhia "um quadro de tripulantes condizente com as necessidades operacionais". Somando as 46 adesões à licença não remunerada e os 238 pedidos voluntários de desligamento, o quadro da empresa foi reduzido em 208 pessoas.

O número total das demissões a serem feitas pela companhia ainda não foi decidido, mas deve haver uma definição até o final do segundo trimestre, segundo o executivo.

Em entrevista à Reuters durante o Rio Investors Day, Pereira afirmou que a maioria das vagas são de tripulantes, funcionários de call centers e aeroportos, vagas que normalmente possuem alta rotatividade e que não serão repostas. "A maioria das vagas será descontinuada", disse.

Apesar do segundo trimestre ser sazonalmente pior para as companhias aéreas, a GOL encerrou abril com demanda maior nas comparações anual e mensal e incremento de tarifas, num mês em que a empresa reduziu suas operações domésticas após fechar o primeiro trimestre com prejuízo.

A empresa registrou em abril uma demanda 4,7 por cento maior que em março e 0,8 por cento acima da verificada um ano antes. Enquanto isso, sua oferta de assentos recuou 5,3 por cento sobre março, ficando praticamente estável sobre abril de 2011.

"Estamos com foco nos voos que dão resultados. A indústria tem um problema sério que é a administração da capacidade", afirmou. Pereira lembrou que a companhia pretende encerrar o ano com 138 aviões, abaixo de 2011, mas não quis comentar o desempenho em maio.

O executivo não se mostrou preocupado com o dólar cotado perto de 2 reais. "Já trabalhamos com o dólar perto de 4 reais. Temos 10 por cento da nossa receita em dólar e o petróleo também está caindo.


O importante é a nossa capacidade de adaptação aos mais diferentes cenários", disse.

Pereira também acredita em um "retorno consistente" do programa de fidelidade Smiles, que a empresa já afirmou que irá consolidá-la como uma companhia independente. A GOL ainda está decidindo os próximos passos em relação a este assunto.

Questionado sobre uma possível oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), ele se limitou a responder "sim" sobre esta possibilidade.

Acompanhe tudo sobre:Aviaçãocompanhias-aereasCortes de custo empresariaisDemissõesDesempregoEmpresasEmpresas brasileirasgestao-de-negociosGol Linhas AéreasServiçosSetor de transporte

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões