Negócios

Gafisa tem prejuízo líquido consolidado de R$ 999,3 mi no 4º tri

As operações da Gafisa responderam por prejuízo líquido de R$ 1,019 bi, incluindo a participação na leteadora Alphaville Urbanismo

Gafisa: as operações da Tenda contribuíram com lucro líquido de R$ 20,19 milhões (foto/Site Exame)

Gafisa: as operações da Tenda contribuíram com lucro líquido de R$ 20,19 milhões (foto/Site Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de março de 2017 às 22h32.

São Paulo - O grupo Gafisa apresentou um prejuízo líquido consolidado de R$ 999,3 milhões no quarto trimestre de 2016, revertendo o lucro líquido consolidado de R$ 826 mil registrado no mesmo período de 2015, de acordo com balanço publicado nesta quinta-feira, 23.

As operações da Gafisa responderam por um prejuízo líquido de R$ 1,019 bilhão, incluindo a participação na loteadora Alphaville Urbanismo, que gerou resultado negativo de R$ 21,892 milhões na equivalência patrimonial. Já as operações da Tenda contribuíram com lucro líquido de R$ 20,19 milhões.

O resultado do grupo no trimestre mostrou uma oscilação grande porque foi já contabilizada a separação (spin-off) da Tenda, o que gerou uma baixa R$ 680,3 milhões.

O processo de cisão ainda não foi concluído, mas já está avançado, o que motivou a administração a apurar os efeitos contábeis.

A cisão gerou efeito de R$ 610,5 milhões de impairment da operação descontinuada e R$ 90,3 milhões de reversão do imposto ativo diferido registrado anteriormente, em função do prejuízo fiscal gerado pela transação.

No fim da separação, a Gafisa estima receber aproximadamente R$ 319,5 milhões, o que ainda não foi contabilizado.

Além dos efeitos relativos à cisão de Tenda, o balanço perdeu R$ 159,9 milhões com ajustes na precificação de imóveis comerciais no estoque.

Com a crise no mercado, essas unidades estão sendo vendidas abaixo de seu custo contábil. Além disso, foram feitos ajustes no valor de mercado de determinados terrenos cujos lançamentos foram postergados.

Ao se desconsiderar os efeitos da separação de Tenda e dos ajustes na precificação do estoque, a companhia teve um prejuízo líquido ajustado de R$ 156,0 milhões no quarto trimestre de 2016.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no quarto trimestre de 2016 foi negativo em R$ 160,195 milhões, revertendo um Ebitda positivo de R$ 49,858 milhões no mesmo período de 2015.

A receita operacional líquida somou R$ 263,817 milhões, queda de 25% na comparação entre os mesmos períodos.

O faturamento foi impactado pelo mix de vendas líquidas do período, com maior concentração de vendas de lançamentos e, consequentemente, menor capacidade de contabilização da receita.

No setor da construção civil, a receita é contabilizada de acordo com o volume de vendas e evolução das obras (método POC).

Conforme relatório operacional prévio já divulgado, os lançamentos consolidados do grupo no quarto trimestre totalizaram R$ 673,3 milhões em valor geral de vendas (VGV), queda de 1% na comparação anual.

Já as vendas contratadas líquidas consolidadas totalizaram R$ 667,5 milhões de outubro a dezembro, acréscimo de 34,3% em relação ao mesmo período de 2015.

Resultados anuais

No acumulado de 2016, o prejuízo líquido consolidado totalizou R$ 1,163 bilhão, frente a um lucro líquido de R$ 74,449 milhões em 2015.

As operações da Gafisa responderam por um prejuízo de R$ 1,220 bilhão, já incluso o resultado negativo de R$ 32,122 milhões de Alphaville. As operações de Tenda geraram lucro líquido de R$ 56,651 milhões.

O prejuízo líquido ajustado no ano alcançou R$ 350,51 milhões.

O Ebitda ajustado foi negativo em R$ 243,483 milhões em 2016, revertendo Ebitda positivo de R$ 227,393 milhões em 2015.

A receita líquida foi de R$ 915,698 milhões, encolhimento de 37% na comparação entre os anos.

Acompanhe tudo sobre:GafisaLucro

Mais de Negócios

Black Friday tem maquininha com 88% de desconto e cashback na contratação de serviços

Início humilde, fortuna bilionária: o primeiro emprego dos mais ricos do mundo

A Lego tinha uma dívida de US$ 238 milhões – mas fugiu da falência com apenas uma nova estratégia

Jovens de 20 anos pegaram US$ 9 mil dos pais para abrir uma startup — agora ela gera US$ 1 milhão