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Gabrielli: perdas da Petrobras não são herança de sua gestão

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ex-presidente da estatal se defende de acusações do mercado e diz que cada um dá a interpretação que quiser


	Maria das Graças Foster cumprimenta Gabrielli durante sucessão da Petrobras
 (AFP)

Maria das Graças Foster cumprimenta Gabrielli durante sucessão da Petrobras (AFP)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 15 de agosto de 2012 às 12h35.

São Paulo – Há pelo menos seis meses José Sergio Gabrielli não dá pitaco na gestão da Petrobras. O ex-presidente da estatal, no entanto, é visto como responsável por alguns resultados ruins que a companhia vem apresentando. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, desta quarta-feira, Gabrielli se defendeu das insinuações e afirmou: "Cada um faz a interpretação que quiser".

Segundo ele, não existe nenhuma mudança de plano estratégico. “Os projetos são os mesmos até agora e nenhum esqueleto foi deixado durante a minha gestão”, afirmou Gabrielli ao jornal Estadão.

No último balanço financeiro apresentado pela Petrobras, o lançamento de mais de 40 poços secos foi visto como um dos grandes vilões para o resultado ruim apresentado pela companhia. O ex-presidente, no entanto, afirmou ao jornal se tratar de uma decisão contábil normal, que faz parte do processo. “Não há nada de novo nisso”, disse.

Para Gabrielli, a variação cambial e a diferença dos preços da gasolina e do diesel no mercado internacional afetaram de maneira mais significativa os números da Petrobras no segundo trimestre do ano.

No período, a estatal teve um prejuízo de 1,3 bilhão de reais, ante lucro de 10,9 bilhões de reais registrado no mesmo período do ano anterior. Foi o primeiro prejuízo da Petrobras em mais de dez anos.

Gabrielli deixou a presidência da Petrobras em fevereiro deste ano e em seu lugar Maria das Graças Foster assumiu a função.

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