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Futuro da BBC está em xeque por revisão do governo britânico

Secretário de mídia britânico, John Whittingdale, disse ao Parlamento que irá analisar se a escala e a abrangência da BBC ainda são apropriadas


	Funcionários no prédio da BBC em Londres: Whittingdale declarou que sua revisão irá analisar como a BBC é financiada
 (Carl de Souza/AFP)

Funcionários no prédio da BBC em Londres: Whittingdale declarou que sua revisão irá analisar como a BBC é financiada (Carl de Souza/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2015 às 12h04.

Londres - O recém-reeleito governo conservador da Grã-Bretanha insinuou nesta quinta-feira que a BBC pode se tornar menor e mais barata, a primeira estocada de uma guerra de nervos pelo futuro da maior rede de televisão pública do mundo.

O secretário de mídia britânico, John Whittingdale, disse ao Parlamento que irá analisar se a escala e a abrangência da BBC ainda são apropriadas em um grande estudo que irá anteceder a renovação do alvará da emissora, que tem validade de dez anos, em 2016.

“Com tantas opções a mais no que consumir e em como consumi-lo, precisamos pelo menos nos perguntar se a BBC deveria tentar ser tudo para todos, servir todos em todas as plataformas, ou se deveria ter uma missão com um alvo mais preciso”, afirmou ele.

Whittingdale declarou que sua revisão irá analisar como a BBC é financiada, a escala de sua produção e se a rede precisa de uma supervisão mais rigorosa por parte de uma nova agência reguladora.

Qualquer tentativa de mudar a área de atuação da emissora pública de 92 anos de existência provoca uma reação acalorada na Grã-Bretanha, onde ela tem um prestígio especial por sua cobertura de temas nacionais como casamentos reais, eventos esportivos e a meteorologia.

Há uma divisão nas opiniões entre aqueles que veem a BBC como uma instituição nacional valiosa, que exporta a cultura britânica e notícias sem viés para todo o mundo, e aqueles que a veem como uma organização excessivamente burocratizada e inchada que sufoca a concorrência.

Grande parte das críticas é encabeçada pela imprensa de inclinação direitista do país, que compete com a rede por meio da oferta de notícias online.

Atualmente a BBC é custeada por uma taxa de licença que é paga por todos os lares que possuem televisores, o que a ajuda a empregar quase 19 mil pessoas e bancou os custos operacionais de quase 5 bilhões de libras esterlinas referente ao período 2014/15.

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