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Futebol em alta: aporte faz Manchester City valer US$ 4,8 bilhões

Desde que foi comprado, em 2008, clube de futebol inglês acumula títulos e impulsionou suas receitas em seis vezes

Manchester City em campo: maior valor de mercado da história de um clube esportivo  (Andrew Yates/Reuters)

Manchester City em campo: maior valor de mercado da história de um clube esportivo (Andrew Yates/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2019 às 07h07.

Última atualização em 27 de novembro de 2019 às 07h35.

São Paulo — O negócio do futebol está em alta. No sábado, o título da Libertadores mostrou que a gestão responsável financeiramente do Flamengo pode trazer também bons resultados em campo. O título continental e a classificação para o mundial de clubes devem fazer do Flamengo o primeiro clube brasileiro a atingir a emblemática marca de 1 bilhão de reais de faturamento anual.

Nesta quarta-feira, uma oferta pelo atual campeão inglês, o Manchester City, coloca o futebol num novo patamar. O City, treinado pelo incensado espanhol Josep Guardiola, aceitou vender pouco mais de 10% de suas ações para o fundo de investimentos americano Silver Lake, num negócio que leva o valor de mercado do clube para um recorde de 4,8 bilhões de dólares, segundo o jornal britânico Financial Times.

O City é um clube que historicamente viveu às margens do concorrente mais famoso, o Manchester United. Até que, em 2008, o clube foi comprado por um fundo de investimentos ligado ao sheik Mansour bin Zayed al Nahyan, de Abu Dhabi, por 240 milhões de libras. Desde então, o faturamento cresceu seis vezes, para mais de 500 milhões de libras, colocando o clube entre os cinco com mais receitas no mundo. O City ainda gastou mais de 1,5 bilhão de euros em contratações e construiu um novo centro de treinamento com 16 campos oficiais. E conquistou quatro campeonatos nacionais, o último deles ano passado.

O valor de mercado foi subindo junto. Passou de cerca de 300 milhões de dólares em 2008 para 3 bilhões de dólares em 2015, quando um grupo chinês comprou 14% das ações, até chegar, agora a 4,8 bilhões. É uma valorização que, assim como no caso do Flamengo, mostra que vitórias em campo podem combinar com valorização financeira, uma correlação que nem sempre é óbvia no esporte. A torcida de um dos rivais do City, o Arsenal, afinal, costuma ir ao estádio exigindo que seus dirigentes gastem em reforços para melhorar a qualidade do clube tradicionalmente rentável nos balanços e sem graça em campo.

Mas a correlação é cada vez mais comum. As ações da Juventus, da Itália, quintuplicaram de valor nos últimos cinco anos, mesmo período em que o clube acumulou títulos nacionais e contratou o jogador mais caro do mundo, o português Cristiano Ronaldo. O negócio desta quarta-feira envolvendo o City coloca o futebol, e o esporte, num novo patamar. Este ano o chinês Joe Tsai, co-fundador do varejista Alibaba, comprou o clube de basquete Brooklyn Nets por 2,3 bilhões de dólares, recorde no esporte americano.

Com o novo aporte, o City parte para seu maior objetivo: conquistar a Liga dos Campeões da Europa, troféu ainda inédito no clube. Em 2018, o título ficou com seu maior rival atual, o Liverpool, atual líder do campeonato inglês, comprado em 2010 por um fundo americano por 300 milhões de libras. Com a valorização do City, o valor de mercado de seus adversários cresce junto. O custo para ser campeão, também.

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