O que mais impressiona os economistas é o crescimento por ano, desde 2007, muito superior ao do futebol europeu: em cinco anos, a renda do Campeonato Brasileiro triplicou (MIGUEL SCHINCARIOL/Placar)
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2013 às 09h54.
Genebra - A renda do futebol brasileiro cresce a uma taxa três vezes superior ao da Europa e o campeonato nacional já é a sexta liga mais rica do mundo e a maior fora do Velho Continente.
Os dados foram divulgados pela consultoria Deloitte que, apesar de apontar para os avanços, alerta que clubes brasileiros terão a partir de agora de passar por reformas em seus modelos econômicos se quiserem continuar evoluindo.
Segundo o informe anual da empresa, o Brasil é apenas superado pela Inglaterra, Alemanha, Espanha, Itália e França. Antes do fim da década, o Brasil poderia até mesmo entrar no grupo de elite das cinco maiores ligas do mundo.
A expansão da renda no Brasil seria um produto direto da situação econômica do País, com aumento do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos dez anos. O Campeonato Brasileiro da Série A não ficou de fora dessa expansão.
Em 2012, a renda do torneio chegou a R$ 2,4 bilhões, cerca de 880 milhões de euros. Mas o que mais impressiona os economistas é o crescimento por ano, desde 2007, muito superior ao do futebol europeu. Em cinco anos, a renda do Campeonato Brasileiro triplicou. Na Europa, o aumento foi de 35%.
Parte significativa desse crescimento de receita vem da elevação de preços nos contratos de transmissão de TV, passando de R$ 273 milhões, em 2007, para R$ 1,1 bilhão. Por dois anos consecutivos, a expansão no valor pago pela redes de televisão foi de 50%.
A renda com marketing também cresceu em 19% por ano, com acordos como o do Flamengo com a Adidas, no valor de R$ 38 milhões, e do São Paulo com a Penalty. Acordos de patrocínio nas camisas também chegaram a R$ 30 milhões.
Hoje a renda do futebol brasileiro está próxima à da Ligue 1, na França, com uma diferença de 250 milhões, que poderia rapidamente ser reduzida nos próximos anos. O Brasil tem hoje renda 240 milhões superior à do futebol russo.