Informação é segundo relatório divulgado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, a Anbima (SXC.hu)
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2011 às 09h50.
São Paulo - As fusões e aquisições anunciadas no terceiro trimestre deste ano totalizaram R$ 23,3 bilhões, a menor cifra já vista desde 2008, ano em que eclodiu a última crise global. Segundo relatório divulgado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o volume é maior apenas quando comparado ao segundo e terceiro trimestres daquele ano, quando foram registrados R$ 16,4 bilhões e R$ 15,3 bilhões, nesta ordem. De julho a setembro deste ano foram feitas 25 operações, contando com reestruturações societárias e ofertas públicas de aquisição de ações (OPA).
No acumulado dos nove meses, o montante somado também é menor. Até setembro último, as transações totalizaram R$ 100,8 bilhões, retração de 33,1% ante igual intervalo de 2010. "Este indicador também é um dos mais baixos da série acompanhada desde 2006, superando apenas as movimentações realizadas em 2008 e 2009", destaca a Anbima em seu relatório.
De acordo com a Anbima, foram anunciados 102 negócios em 2011, faixa similar à registrada nos três primeiros trimestres do ano passado, porém com um volume médio menor, de R$ 1,0 bilhão, contra R$ 1,4 bilhão em 2010.
A aquisição da Aleadri (representando 50,45% da Schincariol) pela Kirin, de R$ 4,7 bilhões, e a compra de participação na Cia Brasileira de Metalurgia e Mineração por um consórcio de empresas chinesas por R$ 3,1 bilhões foram consideradas as maiores operações do trimestre. "Estas transações elevaram a participação asiática nas aquisições de empresas brasileiras por estrangeiras, que passou de 16,9% até o segundo trimestre para 35,9% no período", segundo a Anbima.
Setores
Novamente, o segmento de TI e Telecom ganhou destaque. De janeiro a setembro deste ano, o setor respondeu por 35,8% das operações, sua maior participação desde 2006. Essa forte presença é justificada pelo fato de ter sido palco das duas maiores transações feitas no ano até setembro: a reestruturação societária das empresas controladas pela Telemar Participações (Oi) e a incorporação da Vivo pela Telesp (Telefônica), que somadas movimentaram R$ 32,1 bilhões.