Negócios

Fusões e aquisições sinalizam melhor 1º tri em duas décadas no mundo

Acordos de fusão e aquisição voltaram com força total no primeiro trimestre e atingiram recorde de US$ 1,1 trilhão com o apetite renovado de investidores após a desaceleração causada pela pandemia

Acordos de fusão e aquisição voltaram com força total no primeiro trimestre e atingiram recorde de US$ 1,1 trilhão com o apetite renovado de investidores após a desaceleração causada pela pandemia (/anyaberkut/Thinkstock)

Acordos de fusão e aquisição voltaram com força total no primeiro trimestre e atingiram recorde de US$ 1,1 trilhão com o apetite renovado de investidores após a desaceleração causada pela pandemia (/anyaberkut/Thinkstock)

LB

Leo Branco

Publicado em 1 de abril de 2021 às 18h19.

Última atualização em 1 de abril de 2021 às 19h36.

Acordos de fusão e aquisição voltaram com força total no primeiro trimestre e atingiram recorde de US$ 1,1 trilhão com o apetite renovado de investidores após a desaceleração causada pela pandemia e negócios de empresas de cheque em branco.

É o melhor começo de ano desde pelo menos 1998, segundo compilados pela Bloomberg.

As fusões e aquisições dispararam em todas as regiões, onde a América do Norte liderou com US$ 644 bilhões em transações. Acordos de empresas europeias que fizeram aquisições aumentaram 41%, para US$ 286 bilhões, enquanto companhias na Ásia-Pacífico gastaram US$ 261 bilhões.

“Não vejo esses níveis de atividade há muito tempo e não vejo uma desaceleração significativa tão cedo”, disse Alison Harding-Jones, responsável por fusões e aquisições para a Europa, Oriente Médio e África no Citigroup.

“As ações estão muito valorizadas, os mercados financeiros são favoráveis e há dinheiro entrando de vários lugares.”Depois que as restrições da Covid-19 paralisaram assessores de acordos e ameaçaram as receitas dos setores no ano passado, o otimismo sobre os programas de vacinas e o crescimento econômico impulsionam o boom de 2021, disseram negociadores.

O movimentado primeiro trimestre resultou em uma recuperação das fusões e aquisições que começou no final do ano passado.

O que está falta? Os megacordos - aqueles gigantes de mais de US$ 50 bilhões que sacodem o mercado e atraem maior escrutínio de reguladores.

Não há registro de transações acima dessa marca desde meados de 2019, segundo os dados, quando a AbbVie fechou um acordo para adquirir a fabricante de botox Allergan por cerca de US$ 63 bilhões. Mas isso não é necessariamente algo ruim, segundo banqueiros.

“O número de negócios e o fluxo são um sinal de um mercado de F&A mais saudável, ao invés de apenas alguns grandes negócios aqui ou ali que estão distorcendo os dados”, disse Steven Baronoff, presidente de fusões e aquisições globais do Bank of America.

Enquanto isso, as SPACs - ou empresas de aquisição de propósito específico - desempenham um papel descomunal nas negociações. As chamadas empresas de cheque em branco, que captaram US$ 85 bilhões por meio de ofertas públicas iniciais em 2020 e outros US$ 99 bilhões este ano, agora começam a colocar o capital em movimento.

De 0 a 10 quanto você recomendaria Exame para um amigo ou parente?

 

Clicando em um dos números acima e finalizando sua avaliação você nos ajudará a melhorar ainda mais.

Acompanhe tudo sobre:Fusões e AquisiçõesBloombergPandemia

Mais de Negócios

Quais são os 10 maiores marketplaces do Brasil? Veja ranking

Quais são as 10 maiores empresas do varejo no Brasil? Veja quanto elas faturam

Eles começaram com uma nota fiscal de R$ 300. Hoje, faturam R$ 30 milhões com produtos para pets

Gigantes do varejo faturaram R$ 1,3 trilhão em 2024