Negócios

Movimento de fusões e aquisições deve seguir aquecido em 2022

Em ano recorde de acordos firmados, interesse de grandes varejistas por empresas complementares aceleram verticalização do negócio

O empreendedor Fernando Lauria, 44, aluno da Future Dojo, vendeu um negócio fundado por ele, a retailtech Pricefy, com o objetivo de acelerar a expansão da empresa, que possui na carteira clientes como GPA e Leroy Merlin (Divulgação/Divulgação)

O empreendedor Fernando Lauria, 44, aluno da Future Dojo, vendeu um negócio fundado por ele, a retailtech Pricefy, com o objetivo de acelerar a expansão da empresa, que possui na carteira clientes como GPA e Leroy Merlin (Divulgação/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2021 às 08h00.

Última atualização em 19 de novembro de 2021 às 10h21.

Em resposta à diminuição dos casos da Covid-19 no Brasil e no mundo, e à perspectiva de melhora na economia, um mercado ainda reprimido retomou suas atividades em 2021 com apetite para fazer grandes negócios.

Batendo recordes das últimas duas décadas nos três primeiros meses do ano, segundo um levantamento feito pela KPMG, gigantes brasileiras com caixa e recursos disponíveis aproveitaram um cenário de incentivos fiscais atraentes e empresas menos fortalecidas para fechar acordos bilionários.

Os negócios de fusão e aquisição (M&A, na sigla em inglês) giraram em torno de 1.600 acordos entre janeiro e setembro, movimentando R$ 376,2 bilhões no Brasil — um aumento de 64% em relação ao que foi registrado ao longo de todo 2020, conforme indica a consultoria Transactional Track Record (TTR).

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“Esse é um movimento esperado dado os estímulos econômicos e as empresas mais capitalizadas. Outro fator que favorece o cenário que vemos hoje no Brasil é o fato de que as grandes corporações passaram a entender a necessidade e importância de inovar e se reinventar, porque isso as mantêm relevantes”, analisa Pedro Carneiro, diretor do braço de investimentos da ACE Startups.

Figurando no topo das varejistas mais valiosas do Brasil, em pouco mais de um ano e meio o Magalu viu seu portfólio de fusões e aquisições receber 21 novas empresas, dos mais variados segmentos. A KaBuM!, e-commerce de tecnologia, foi comprada em sua totalidade por R$ 3,5 bilhões, a maior operação feita pela companhia.

Esse tipo aquisição, no entanto, revela uma tendência para os próximos anos. É esperado que o mercado de M&A continue aquecido, ainda suportando a demanda que foi contida nos últimos quase dois anos, e um aumento expressivo de empresas na busca por acordos que complementam seu negócio, promovendo uma experiência de ponta a ponta, de clientes a fornecedores.

De olho nessa verticalização do modelo de negócio, cuja estratégia prevê que a empresa acumule atividades além do core business, a PetLove, líder online do segmento pet no Brasil, avançou no setor de serviços com a aquisição da DogHero, especializada no ramo.

A estratégia traçada pelas empresas brasileiras mostra como um novo ecossistema de experiência vem tomando forma com cada vez mais rapidez. Neste cenário, entender o momento mais adequado para compra ou venda de uma empresa, cuidados e riscos a serem tomados e evitados, e a preparação da liderança e dos colaboradores para o pós-acordo são fundamentais para uma operação de êxito.

Foi pensando nisso que a Future Dojo, escola de competências do futuro, criada pela ACE e EXAME, lançou a 2ª edição do curso Exit Makers, imersão criada para ajudar empreendedores e investidores a conhecerem os detalhes dos processos de compra e venda de empresas no Brasil, que terá início em 16 de novembro.

Aluno da Future Dojo, o empreendedor Fernando Lauria, 44, acaba de concluir sua primeira venda. A Pricefy, retailtech que transforma a maneira como o varejo físico se relaciona com o cliente por meio da tecnologia, foi vendida no último mês com o objetivo de acelerar o negócio, que possui na carteira clientes como GPA e Leroy Merlin. “A decisão de vender a empresa teve dois momentos: o de realização a curto prazo de uma jornada que saiu do zero e a possibilidade de dar um novo fôlego a Pricefy”, explica Lauria.

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O executivo contou com o apoio de diferentes fontes durante todo o processo de compra e venda, que levou cinco meses para ser concluído. Entre as principais dicas para empreendedores que estão vivendo esse momento, Lauria destaca a importância de se entender o processo de M&A na essência, estar amparado por uma assessoria especializada e se dedicar à descompressão nos momentos necessários. “Estar com a família, praticar um esporte e relaxar é tão ou mais importante para que o caminho seja percorrido com qualidade”, aconselha.

As inscrições para o Exit Makers vão até dia 14 de novembro e devem ser feitas diretamente no site do curso. Clique aqui e saiba mais.

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