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Fusão entre Nippon e Sumitomo indica onda de consolidação

Acordo deve se consolidar no ano que vem, e gira em torno de US$ 11 bilhões

Siderúrgica: China também sinaliza com fusões no setor até 2015 (WIKIMEDIA COMMONS)

Siderúrgica: China também sinaliza com fusões no setor até 2015 (WIKIMEDIA COMMONS)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2011 às 07h35.

Tóquio - Os planos da Nippon Steel Corp e da Sumitomo Metal Industries de criar a segunda maior produtora de aço do mundo, atrás apenas da ArcelorMittal, espalharam expectativas de maior consolidação do setor, e fez as ações de siderúrgicas japonesas avançarem nesta sexta-feira.

Na véspera, Nippon Steel e Sumitomo anunciaram que vão se fundir no próximo ano com o objetivo de cortar custos e acelerar a expansão no exterior. O acordo, da ordem de 11 bilhões de dólares, é marcado pela Nippon Steel adquirindo a rival menor Sumitomo Metal.

Excesso de capacidade tem sido um problema de longa data para a indústria siderúrgica global, mas grandes fusões não têm ocorrido desde a criação da gigante ArcelorMittal em 2006.

"Havia ligeira expectativa de alguma outra consolidação entre siderúrgicas japonesas, mas elas mostraram que este não é o caso", disse o analista Norihide Tsuji, da Mizuho Securities. "Imagino que rivais de outros países sentirão o aumento da ameaça".

As ações da Nippon Steel fecharam a sexta-feira com alta de 9,1 por cento, enquanto as da Sumitomo avançaram 16,1 por cento em Tóquio, ganhando quase 4 bilhões de dólares em valor de mercado combinado.

"Acredito que a indústria siderúrgica japonesa como um todo tem de se reestruturar de alguma forma e estas duas companhias estão liderando esse processo", disse o analista Rajeev Das, do Goldman Sachs. "O que vimos na quinta-feira foi o início de um longo processo de uma ou duas décadas de reestruturação de toda a indústria".

A China, maior produtora mundial de aço, espera ter mais de 60 por cento da capacidade de produção doméstica sob controle de suas dez maiores siderúrgicas até 2015, o que leva a crer que fusões devem ocorrer naquele país também.

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