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Fusão de siderúrgicas chinesas fará 2º maior grupo do setor

O Baosteel Group, segundo maior grupo siderúrgico chinês, emitirá novas ações para absorver o Wuhan Iron and Steel Group, anunciaram as empresas


	Indústria: a produção combinada após a fusão deve alcançar 60,7 milhões de toneladas por ano
 (Kim Kyung-hoon / Reuters/Reuters)

Indústria: a produção combinada após a fusão deve alcançar 60,7 milhões de toneladas por ano (Kim Kyung-hoon / Reuters/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2016 às 08h14.

Duas das principais siderúrgicas chinesas anunciaram nesta terça-feira uma fusão que criará o segundo maior grupo mundial do setor, em um momento de críticas internacionais pelo excedente de produção de aço na China.

O Baosteel Group, segundo maior grupo siderúrgico chinês, emitirá novas ações para absorver o Wuhan Iron and Steel Group, anunciaram as empresas, que pertencem ao Estado, em comunicados enviados à Bolsa de Xangai.

As duas empresas ocupam respectivamente a quinta e a 11ª posições no ranking mundial de capacidade de produção.

A fusão criará uma nova empresa, chamada China Baowu Iron and Steel Group, informa o jornal China Business News.

A produção combinada após a fusão deve alcançar 60,7 milhões de toneladas por ano, de acordo com a World Steel Association, o que faria da nova empresa a segunda maior do mundo em produção, atrás apenas da ArcelorMittal.

A demanda de aço na China caiu em consequência da desaceleração da economia do país e a indústria siderúrgica sofre com o excesso de produção.

Nos últimos meses, Estados Unidos e Europa acusaram a China de vender seu aço abaixo do preço de custo (dumping), o que prejudica os produtores locais, que organizaram protestos em vários países.

O lucro líquido da Baosteel, com sede em Xangai, caiu 83% ano passado, a um bilhão de yuanes (150 milhões de dólares). A Wuhan Steel perdeu 7,5 bilhões de yuanes em 2015, contra um lucro de 1,3 bilhão de yuanes em 2014.

Analistas afirmam que esta e outras fusões que o governo chinês está preparando devem ajudar o país a lutar contra o excedente de produção que afeta os resultados das siderúrgicas.

O objetivo é reduzir a produção entre 100 e 150 milhões de toneladas, de um total de 1,2 bilhão de toneladas, até 2020.

Alguns especialistas, no entanto, não acreditam que as fusões serão suficientes para competir com gigantes mundiais como ArcelorMittal ou US Steel.

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