Negócios

Por que a fusão da ALL e Rumo pode ir parar no Tribunal

Cade deve considerar operação complexa. União das duas companhias já recebeu dezenas de contestações de empresas concorrentes


	ALL e Rumo: fusão enfrenta impugnações de empresas concorrentes
 (Divulgação/EXAME.com)

ALL e Rumo: fusão enfrenta impugnações de empresas concorrentes (Divulgação/EXAME.com)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 4 de novembro de 2014 às 15h43.

São Paulo -  O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pode considerar complexa a fusão entre a América Latina Logística (ALL) e  a Rumo Logística.

A operação, segundo reportagem do Valor Econômico, desta terça-feira, tem chance, inclusive, de ser mandada ao Tribunal para julgamento com algumas restrições.

O Cade já protocolou diversas petições de empresas e associações em alerta com a união das duas companhias.

Segundo o órgão antitruste, existe um inquérito administrativo aberto para avaliar a operação. Pelo menos 10 companhias e associações são contra o negócio.

O mercado contesta, por exemplo, se a empresa vai priorizar o transporte de açúcar e deixará outros carregamentos de lado. Além disso, a Cosan pode também cobrar taxas mais altas para transportar produtos de concorrentes.

A Rumo Logística pertence à Cosan, maior produtora de açúcar do Brasil. A união com a ALL levanta dúvidas no mercado sobre as prioridades que a empresa dará como dona da maior companhia ferroviária do país.

A operação entre a ALL e a Rumo foi anunciada em abril deste ano e é avaliada em mais de 11 bilhões de reais. Resta agora saber quais serão as restrições impostas pelo Cade para que ela seja concluída.  

*Matéria atualizada às 16h20

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasSetor de transporteRumo ALLCade

Mais de Negócios

Ele pegou o dinheiro que ganhou no pôquer para abrir um negócio milionário

Como o Brasil virou peça-chave global da JBL — e vai começar a produzir fones de ouvido em Manaus

Quais são as 10 maiores empresas do Espírito Santo? Veja ranking

Ela começou como vendedora. Hoje, transforma a gestão de pequenas farmácias — e fatura R$ 1,3 bilhão