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FUP indica paralisação de 24 horas na Petrobras

A Federação Única dos Petroleiros e seus sindicados de funcionários da Petrobras indicaram paralisação das atividades por 24 horas em 10 de junho


	Funcionários da Petrobras: "vamos protestar contra a entrega do pré-sal e dos ativos da Petrobras", afirmou sindicalista
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Funcionários da Petrobras: "vamos protestar contra a entrega do pré-sal e dos ativos da Petrobras", afirmou sindicalista (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2016 às 19h15.

Rio de Janeiro - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicados de funcionários da Petrobras indicaram paralisação das atividades por 24 horas em 10 de junho, no que seria a primeira mobilização contra o governo do presidente interino Michel Temer, disse o coordenador-geral da federação nesta segunda-feira, José Maria Rangel.

O objetivo da federação é protestar contra o plano bilionário de venda de ativos da companhia, em curso, e contra a possibilidade do fim da obrigatoriedade da Petrobras ser a operadora única do pré-sal, com 30 por cento de participação.

"Vamos protestar contra a entrega do pré-sal e dos ativos da Petrobras", afirmou o sindicalista à Reuters, que acredita que a Petrobras perderá direitos sobre o pré-sal durante a presidência interina de Michel Temer.

Segundo Rangel, Temer e Pedro Parente, indicado para assumir a presidência da estatal, representam uma ameaça aos petroleiros.

"Tudo indica que a nomeação de Pedro Parente se consolidará nos próximos dias e através dele será retomada a agenda de desmonte de direitos e de privatização iniciada por Fernando Henrique Cardoso nos anos 1990 e que foi estancada durante o governo Lula", disse a FUP nota. "Somente com resistência e mobilização, os petroleiros terão a chance de impedir o violento retrocesso que atingirá a categoria nos próximos meses."

A FUP é historicamente ligada ao Partido dos Trabalhadores (PT), da presidente afastada Dilma Rousseff, embora recentemente a federação tenha se tornado crítica de medidas tomadas durante a gestão da presidente, quando foi colocado em curso o bilionário plano de desinvestimentos da petroleira.

No ano passado, uma greve realizada em novembro contra a venda de ativos se tornou a maior em 20 anos.

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