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Fundos estrangeiros reduzem aplicação em ativos brasileiros

O país foi o que mais perdeu espeço nas carteiras dos fundos de investimento estrangeiros no primeiro trimestre, segundo relatório dos maiores bancos do mundo


	Dólar: expectativa de elevação dos juros pelo Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, vem provocando realocação de carteiras
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Dólar: expectativa de elevação dos juros pelo Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, vem provocando realocação de carteiras (FreeImage)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2015 às 10h40.

Nova York - O Brasil foi o país emergente que mais perdeu espaço nas carteiras dos fundos de investimento estrangeiros no primeiro trimestre, de acordo com um relatório do Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), formado pelos maiores bancos do mundo.

Um dos destaques foi o aumento da participação na Índia dos aportes nas bolsas de valores da Europa e nos bônus de empresas dos Estados Unidos.

Em uma lista de 30 países emergentes, o Brasil ficou na lanterna seguido de Rússia, México, Coreia do Sul e Polônia. As estatísticas levam em conta os fundos que investiram em renda fixa e ações no primeiro trimestre de 2015, incluindo os ETFs (que são carteiras que reproduzem índices de ações). No lado oposto, dos países emergentes que mais ganharam participação nas carteiras dos gestores aparecem, nesta ordem, Índia, Indonésia, Filipinas e Argentina.

"A diferenciação entre os países para a alocação das carteiras dos fundos nos mercados emergentes aumentou este ano", afirma o IIF no relatório. As reformas na economia da Índia desde meados do ano passado estão fazendo o país cair nas graças dos investidores estrangeiros. Já o Brasil mostrou aumento da vulnerabilidade, em meio à deterioração de alguns indicadores macroeconômicos, como números fiscais e das contas externas, o que ajuda a aumentar a cautela com o País.

No geral, o interesse de grandes aplicadores, como fundos de pensão e seguradoras, em aportar recursos nos emergentes caiu. "Investidores globais cortaram agora as alocações do portfólio em ativos de mercados emergentes para os níveis mais baixos desde 2009", ressalta o IIF.

Estados Unidos. A expectativa de elevação dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) vem provocando realocação de carteiras e pode estimular fuga de recursos dos emergentes mais vulneráveis. O relatório destaca ainda que os fundos já vêm aumentando a exposição aos bônus dos EUA.

Um dos destaques este ano é a Europa, que tem atraído mais investidores para suas bolsas de valores. Nas semanas seguintes ao anúncio do programa de compras de ativos do Banco Central Europeu (BCE), em janeiro, fundos globais aumentaram a exposição na região, principalmente em ações, por conta da expectativa de melhora da economia e, como reflexo, dos resultados das empresas, segundo ressalta o relatório.

Já na renda fixa, a exposição à zona do euro se reduziu, por conta dos baixos rendimentos que estão sendo oferecidos pelos papéis, alguns até com retornos negativos.

Os dados do Instituto Internacional de Finanças sinalizam ainda que investidores da zona do euro aumentaram a exposição em bônus de emergentes, enquanto reduziram a aposta em ações. A dúvida, ressalta o documento, é se o programa de compra de ativos do BCE vai acelerar a ida de fluxos da zona do euro para os emergentes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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