Obras de barragem de Usina: Estima-se que o mercado de projetos de redução de consumo de energia movimente 17 bilhões de dólares na América Latina até 2012 (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
São Paulo - Após dois anos de negociações, o fundo de investimentos DGF comprou uma participação de 20% na gaúcha APS Soluções em Energia. A operação foi de 10 milhões de reais. O DGF ainda pode chegar a 49% de participação na empresa com investimento de 16 milhões de reais.
A APS desenvolve projetos de soluções de eficiência e redução de consumo de energia. A companhia atua com concessionárias e empresas privadas. Com a associação, ela quer expandir sua atuação fora do Rio Grande do Sul. A empresa pretende abrir escritórios em São Paulo e no nordeste até o final do ano, segundo Aldemir Spohr, presidente da APS. Em 2009, 15% dos negócios da empresa foram feitos fora do Rio Grande do Sul. Spohr quer elevar essa porcentagem para 25% nesse ano. Além disso, a APS vê a participação de um fundo como um "carimbo" de transparência da empresa. O faturamento da companhia foi de 30 milhões de reais em 2009. A expectativa é crescer 40% em 2010, segundo seu presidente.
Esco
A DGF possui três fundos. O veículo pelo qual exerceu a compra foi o Fipac, cujos investidores são BNDES, Finep, BID, Petros, Ceres, Funcef e DGF. O que motivou a DGF a fazer a aquisição foi o interesse no mercado de atuação da APS, chamado no mercado de escos (energy service company). Trata-se de empresas que atuam em soluções de eficiência e redução de consumo de energia.
As escos surgiram nos Estados Unidos e no Canadá, há cerca de 20 anos. No Brasil, o mercado movimenta cerca de 350 milhões de reais por ano, segundo Spohr - esse é o valor que as concessionárias de energia têm que investir em eficiência energética. Até 2012, a estimativa é que o mercado de projetos de redução de consumo de energia movimente 17 bilhões de dólares na América Latina, sendo 50% desse valor no Brasil, segundo estudo do BID citado pelo presidente da APS.