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Fundo da Vale aumentará investimento em infraestrutura

A Valia é o quinto maior fundo de pensão do Brasil e vai investir no setor por meio de aportes em fundos de private equity

O fundo de pensão da Vale tem 27% de seu patrimônio aplicado na bolsa (Juliana Borges/EXAME.com)

O fundo de pensão da Vale tem 27% de seu patrimônio aplicado na bolsa (Juliana Borges/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2011 às 17h06.

Florianópolis - Com R$ 14 bilhões em patrimônio, a Valia, fundo de pensão dos funcionários da Vale, vai aumentar seus investimentos em infraestrutura, segundo seu presidente, Eustáquio Lott. A Valia é o quinto maior fundo de pensão do Brasil e vai investir no setor por meio de aportes em fundos de private equity, carteiras que compram participação em empresas.

A fundação tem atualmente 4% de seu patrimônio alocado em private equities, o equivalente a R$ 560 milhões. A meta é elevar esse porcentual para 6%. Isso equivale a cerca de R$ 280 milhões que serão direcionados para esses fundos, com base no patrimônio atual.

Segundo Lott, todos os dias, gestoras procuram a fundação mostrando projetos para captação. "Há uma quantidade enorme de gestoras e projetos". De acordo com ele, tem surgido projetos de energia elétrica, petróleo e concessão rodoviária. De investimentos em aeroportos, até agora não apareceu nenhum.

O fundo de pensão da Vale tem 27% de seu patrimônio aplicado na bolsa. De acordo com Lott, a carteira não perdeu este ano, mas também não teve ganho. "Está no zero a zero", disse o executivo, destacando que a fundação aplica em papéis como Petrobras, Brasil Foods (BRF) e BrMalls, além de ações da própria Vale, que respondem por cerca de 6% a 7% do total. O porcentual total aplicado em ações pode chegar a 35%, mas Lott disse que, no momento, a fundação não está comprando mais bolsa. "Estamos sempre observando o mercado, se surgir uma boa oportunidade, compramos".

Na BRF, a Valia faz parte do grupo de fundos de pensão que indica um conselho para a empresa. Lott não comentou o futuro da empresa de alimentos, apenas diz que "há uma visão harmoniosa no conselho" sobre os próximos rumos da companhia, que foi obrigada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a se desfazer de ativos para se fundir com a Perdigão.

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