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Fundo Canyon, credor da Oi, sai de grupo do Moelis

Não há informação sobre o tamanho da dívida que o Canyon carrega da tele, portanto, o impacto no montante de bônus que o G5 representa

Oi: os dois grupos de credores, G5 e Moelis, informaram no final de março representar mais de US$ 6 bilhões da dívida da Oi (Gustavo Gomes/Bloomberg)

Oi: os dois grupos de credores, G5 e Moelis, informaram no final de março representar mais de US$ 6 bilhões da dívida da Oi (Gustavo Gomes/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de maio de 2017 às 16h37.

São Paulo - O fundo Canyon se uniu ao grupo de bondholders (detentores de títulos de dívida emitidos pela Oi) representados pela G5/Evercore, dissidente do grupo de credores liderado pela Moelis, informou o porta-voz internacional do comitê de bondholders da G5 Evercore, Corrado Varolli ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. A movimentação aconteceu na semana passada.

Não há informação sobre o tamanho da dívida que o fundo Canyon carrega da tele, portanto, o impacto no montante de bônus da empresa que o G5 representa.

Os dois grupos de credores, G5 e Moelis, informaram no final de março representar mais de US$ 6 bilhões da dívida da Oi, sendo cerca de US$ 2,2 bilhões do grupo do G5/Evercore e US$ 3 bilhões do grupo representado pela Moelis e outros US$ 950 milhões do Grupo FTI, com créditos de vários membros do Grupo Oi.

No pedido de recuperação judicial, a Oi lista dívidas de R$ 65 bilhões (US$ 21 bilhões, pela cotação do dólar há pouco), sendo R$ 32 bilhões dos bondhoders (US$ 10,3 bilhões).

O grupo de bondholders do G5/Evercore foi formado a partir da dissidência de três fundos credores da Oi que estavam com a Moelis e do fundo abutre Aurelius, que recentemente venceu ação movida contra dois veículos financeiros da Oi na Holanda, para os quais foi decretada falência.

Varolli demonstrou também na conversa com o Broadcast preocupação com as discussões que a administração da Oi vem mantendo com potenciais investidores externos, argumentando que a empresa perde tempo com isso e que deveria se concentrar em negociar com credores e viabilizar a recuperação financeira da empresa.

"Se a companhia precisa de capitalização tem os credores que têm capital suficiente. O foco deveria ser resolver a situação financeira da empresa", disse.

Holanda

Sobre a falência dos veículos financeiros da Oi (Oi Brasil Holdings Coöperatief UA e Portugal Telecom International Finance B.V. (PTIF), decretada pela Corte Holandesa no final de abril, Varolli disse ser uma decisão efinitiva e que não cabe recurso quando à esta decisão.

Após conhecer a decisão da corte holandesa, a Oi anunciou que iria recorrer."O recurso da Oi é técnico e não recai sobre o mérito, que é a decretação da falência", afirmou Varolli.

Com isso, segundo ele, os credores (os quais representa) podem ter seus direitos exercidos, já que os veículos passam para as mãos do administrador financeiro com a falência.

Varolli lembrou que a falência foi decretada em consequência do entendimento da justiça holandesa de que a retirada de 3 bilhões de euros da Holanda para serem encaminhados ao Brasil, pouco antes de a tele protocolocar o pedido de recuperação judicial, foi indevida e constitui uma fraude.

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