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Fundo americano Amerra compra 25% da Fiagril

Fontes afirmam que a transação gira em torno de US$ 100 milhões


	Grãos: a Fiagril é uma trading de grãos
 (Getty Images)

Grãos: a Fiagril é uma trading de grãos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2014 às 19h39.

São Paulo - O fundo de investimento americano Amerra Capital Management, focado em agronegócios, adquiriu uma fatia de 25% na trading de grãos Fiagril, instalada em Lucas do Rio Verde (MT). O valor do negócio não foi divulgado. Fontes afirmam, contudo, que a transação gira em torno de US$ 100 milhões.

O fundo americano, que administra cerca de US$ 1,2 bilhão em ativos, tem cerca de 40% de sua carteira no Brasil, afirmou à reportagem o executivo Craig Tashjian, diretor do fundo. Segundo Tashjian, os recursos da gestora no País estão distribuídos nos setores de cana-de-açúcar, soja, milho, café e arroz.

Os aportes feitos na Fiagril, de acordo com Tashjian, refletem as apostas do fundo na companhia brasileira.

"Acreditamos que a empresa detém um conjunto único de ativos em sua carteira, permitindo se diferenciar por meio de armazenamento, logística de transporte e, agora, sementes", disse.

A gestão da companhia, com alto nível de especialização e governança, também atraiu as atenções do fundo, disse Tashjian.

Fundado em 2009, o fundo tem como estratégia oferecer crédito e investir em empresas do setor de agronegócios nas Américas, afirmou o porta-voz da Amerra.

A própria Fiagril teve parte de suas exportações financiadas com recursos da Amerra, antes de a gestora se tornar sócia do negócio.

Com faturamento da ordem de R$ 2,75 bilhões, a Fiagril começou suas atividades como comercializadora de defensivos agrícolas e prestadora de serviço de armazenagem, antes de partir para originação e comercialização de grãos, sobretudo soja.

No ano passado, movimentou cerca de 2,5 milhões de toneladas de grãos, dos quais dois terços soja e um terço milho. A empresa também atua na área de biodiesel e sementes.

Setor

A Fiagril, que está passando por reestruturação, confirma a operação, sem detalhar o negócio. Criada há 25 anos, a empresa compete com as gigantes multinacionais do agronegócio, como ADM, Louis Dreyfus, Bunge e Cargill, e a nacional Amaggi.

No início de suas operações, a companhia se financiava por meio das tradings globais.

A empresa é sócia junto com a Agrosoja na Cianport (Companhia Norte de Navegação), que prevê escoar a produção de grãos pelo Pará.

A companhia tem planos de investir cerca de R$ 350 milhões nesse projeto, que terá uma estação de transbordo em Miritituba (PA) e um terminal em Santana, no Amapá.

Entre os executivos da Cianport, está o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, que pediu demissão do órgão em 2011 em meio à crise de denúncias de corrupção envolvendo o Ministério dos Transportes à época. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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