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Fundador da Gol é condenado a 13 anos de prisão por assassinato

Essa é o segundo crime pelo qual ele foi condenado; ambos ocorreram em 2001

Nenê Constantino, um dos fundadores da Gol (LIA LUBAMBO/EXAME/Exame)

Nenê Constantino, um dos fundadores da Gol (LIA LUBAMBO/EXAME/Exame)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 16 de novembro de 2017 às 10h48.

Última atualização em 16 de novembro de 2017 às 13h29.

São Paulo - O fundador e ex-dono da Gol, Nenê Constantino, foi condenado a 13 anos de prisão, acusado de ser o mandante de um assassinato.
A decisão foi tomada pelo Tribunal do Júri de Taguatinga, no Distrito Federal, na quarta-feira, 15. Ele poderá recorrer da decisão em liberdade, por conta de sua idade avançada (Constantino tem 86 anos).

Constantino é acusado de ter ordenado a morte de Tarcísio Gomes Ferreira, motorista de ônibus que trabalhava na Viação Planeta de Constantino, em 2001. A vítima morava em uma invasão ao lado dos terrenos da empresa.

Ele foi morto em uma emboscada dentro de um trailer estacionado no terreno onde funcionava a garagem da Viação Pioneira, também de Constantino.

O autor dos disparos foi Adelino Lopes Folha Júnior, ou “Juninho”, já morto. Ele ainda atingiu José Amorim dos Reis, não relacionado ao caso, que na ocasião estava com a filha de dois anos no colo.

Constantino recebeu a pena por homicídio qualificado por motivo torpe.

Outras duas pessoas também foram condenadas pelo crime. O ex-vereador de Amaralina (GO), Vanderlei Batista, e João Alcides Miranda, dono da arma.

Esse é o segundo crime pelo qual o trio é sentenciado. Em maio deste ano, Constantino foi condenado por homicídio qualificado e corrupção de testemunha, pelo assassinato do líder comunitário Márcio Leonardo de Sousa Brito, de 27 anos, em 12 de outubro de 2001. Ele recebeu pena de 16 anos e seis meses de prisão e multa de R$ 84 mil, e também recorre em liberdade neste caso.

Márcio Brito foi morto a tiros por causa da disputa de um terreno. Ele representava um grupo que ocupava um terreno da Viação Pioneira, uma das companhias de propriedade de Constantino, em Taguatinga.

O dono da arma usada no homicídio de Brito, João Alcides Miranda, foi condenado pelos mesmos crimes e pegou 17 anos e seis meses de prisão e 12 dias-multa. O ex-vereador Batista foi condenado a 13 anos de prisão por homicídio qualificado e João Marques, ex-funcionário de Constantino, pegou 15 anos também por homicídio qualificado. Todos foram condenados ao regime fechado, mas recorrem em liberdade.

O empresário Victor Bethonico Foresti, acusado de corrupção de testemunha, foi absolvido pelo júri.

Em 2010, o fundador da Gol chegou a ser preso por mais um crime. Ele foi acusado de encomendar o assassinato de seu ex-genro Eduardo Alves Queiroz, em 2008. Queiroz sofreu um atentado quando saía do trabalho. Alguém disparou cinco vezes contra seu carro, mas ele sobreviveu. Dias antes, sogro e genro tiveram uma ríspida discussão sobre os negócios da família.

 

 

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