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Fundada por brasileiros nos EUA, fintech Brex recebe aporte de US$ 425 mi

Fundada em 2017 por Pedro Franceschi e Henrique Dubugras, a startup ficou conhecida por oferecer cartões de crédito corporativos para outras startups

Pedro Francheschi e Henrique Dubugras, fundadores da Brex: empresa foi avaliada em US$ 7,4 bilhões de dólares na rodada série D (Brex/Divulgação)

Pedro Francheschi e Henrique Dubugras, fundadores da Brex: empresa foi avaliada em US$ 7,4 bilhões de dólares na rodada série D (Brex/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 26 de abril de 2021 às 16h38.

Última atualização em 28 de abril de 2021 às 10h30.

A fintech Brex, fundada pelos brasileiros Pedro Franceschi e Henrique Dubugras no Vale do Silício, anunciou nesta segunda-feira, 26, ter recebido um aporte de US$ 425 milhões em sua série D liderada pelo fundo Tiger Global. Na transação, a empresa foi avaliada em US$ 7,4 bilhões, mais do que o dobro do valuation obtido na sua rodada série C de US$ 150 milhões feita em meados de 2020.

Além do Tiger Global, participaram do aporte os fundos TCV, GIC, Baillie Gifford, Madrone Capital Partners, Durable Capital Partners LP, Valiant Capital Management e Base10. Os investidores anteriores da companhia, Y Combinator Continuity, Ribbit Capital, DST Global, Greenoaks Capital, Lone Pine Capital e IVP, também acompanharam a rodada.

Números divulgados pela fintech dão pistas de como ela multiplicou seu valor de mercado em tão pouco tempo. Só no primeiro trimestre de 2021, a base total de clientes da empresa cresceu 80%.

"A Brex está construindo o futuro das finanças para a próxima geração de negócios", disse Scott Shleifer, sócio da Tiger Global, em nota. "Estamos entusiasmados em fazer parceria com eles, pois continuam crescendo rapidamente, inovando suas ofertas de produtos, expandindo sua base de clientes e liderando uma indústria que é dominada por empresas estabelecidas."

Se fosse uma empresa brasileira, o aporte da Brex estaria empatado com o último da Loft como o maior já recebido por uma startup do país. O segundo lugar ficaria com o Nubank, que recebeu um investimento de US$ 400 milhões em janeiro.

Além da rodada, a companhia anunciou o lançamento de um novo software de gerenciamento de contas para as empresas clientes. O sistema, chamado de Brex Premium, custa US$ 49 por mês e permitirá que os clientes da fintech organizem pagamentos e façam gestão financeira do negócio. Com isso, ela acirra a disputa com as concorrentes americanas Divvy e Ramp.

Em um post na plataforma Medium, Franceschi escreveu que a visão da Brex é ser uma plataforma completa de soluções financeiras para empresas gerenciarem suas finanças. "Com o lançamento do Premium, estamos dando mais um passo importante em direção à nossa visão de construir um software financeiro integrado que maximize o poder de cada dólar que flui por uma empresa", afirmou o cofundador.

Fundada em 2017, a Brex se destacou no mercado americano por oferecer cartões de crédito corporativos para outras startups e empresas de inovação, como Airbnb e Class Pass. Desde sua fundação, o modelo de negócio já se expandiu para atender também pequenas empresas tradicionais. Hoje, 45% da sua base de clientes é composta por pequenos e médios negócios.

O empreendimento não é o primeiro dos sócios. Antes de se mudarem para os Estados Unidos, Franceschi e Dubugras criaram a fintech de meio de pagamentos Pagar.me, vendida para a Stone em 2016.

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