Negócios

Funcionários da Randon aprovam flexibilização de jornada

O objetivo do grupo gaúcho é adequar a produção à menor demanda do mercado e evitar demissões


	Randon: a proposta prevê que os funcionários não trabalhem até quatro dias por mês
 (TAMIRES KOPP)

Randon: a proposta prevê que os funcionários não trabalhem até quatro dias por mês (TAMIRES KOPP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2014 às 11h40.

Porto Alegre - Após votação que envolveu os três turnos de trabalho, funcionários do grupo gaúcho Randon aprovaram a proposta de flexibilização da jornada nos três próximos meses com o objetivo de adequar a produção à menor demanda do mercado e evitar demissões. A medida vale para seis das nove empresas do grupo, o que corresponde a quase 8 mil empregados de todas as áreas.

"A Randon vem adotando várias ações nesse sentido desde maio e junho. Trabalhamos com feriadões prolongados, depois demos férias coletivas para os funcionários. No retorno das férias, como vimos que o mercado não estava melhorando, propusemos a questão da flexibilização, com o intuito de manter os postos de trabalho", explicou ao Broadcast, serviço de informações da Agência Estado, o diretor corporativo das empresas do grupo Randon, Vanderlei Novello.

Em nota, a Randon informou que a medida se deve à atual situação de instabilidade do mercado nacional, que afeta diretamente a área de transporte de cargas e a aquisição de caminhões e, em decorrência, o fornecimento de reboques e semirreboques, além da cadeia de autopeças dedicada ao setor.

As empresas que adotarão a medida são Randon Implementos Caxias do Sul, Randon São Paulo, Suspensys, Castertech, Master e JOST Brasil. Como estão com melhor demanda, ficaram de fora os trabalhadores da Randon Veículos, da Fras-le e do Banco Randon.

A proposta prevê que os funcionários não trabalhem até quatro dias por mês em agosto, setembro e outubro, de acordo com a necessidade de cada empresa. Metade do período não trabalhado será descontada dos empregados e a outra, abonada pela Randon.

Segundo Novello, a crise atinge o setor automotivo. "Nossos principais clientes no centro do País já fizeram várias paradas. Entendemos que, com essa flexibilização, nos adequaremos aos volumes de produção e aos de nossos clientes", disse.

De qualquer forma, de acordo com o executivo, a convenção coletiva da Randon prevê que a flexibilização de jornada pode ser prorrogada por outros três meses, mediante nova votação.

"Vamos estar atentos ao mercado para ver as oscilações. Mas queremos que a crise passe logo e retomemos as atividades", disse.

Acompanhe tudo sobre:BenefíciosDemissõesDesempregoEmpresasEquipamentos e peçasgestao-de-negociosMáquinas e peçasRandonSalários

Mais de Negócios

Imigrante polonês vai de 'quebrado' a bilionário nos EUA em 23 anos

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira

A força do afroempreendedorismo

Mitsubishi Cup celebra 25 anos fazendo do rally um estilo de vida