Funcionários da British Airways em manifestação durante a greve que afetou os negócios da companhia aérea. (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
Londres - O pessoal de cabine da British Airways (BA) encerra nesta quarta-feira sua última de três séries de greves de cinco dias cada uma em protesto pelas condições salariais e trabalhistas e pela retirada de certas vantagens dos grevistas.
O sindicato Unite, que representa comissários de bordo da companhia britânica, atualmente privada, ameaçou realizar uma votação entre seus membros sobre novas medidas de protesto para o verão europeu, que começa ainda este mês.
No entanto, o executivo-chefe da empresa, Willie Walsh, se disse disposto a resistir "o tempo que for necessário".
A avaliação do impacto da greve nos voos programados varia. Segundo o sindicato, as operações foram muito afetadas, enquanto a empresa afirma que conseguiu manter um bom serviço, pois funcionários que anteriormente estavam em greve voltaram ao trabalho.
A BA tentou operar cerca de 80% dos voos de longa distância desde o aeroporto internacional de Heathrow, contra 70 e 60% durante as duas greves anteriores.
A proporção de voos europeus que a empresa conseguiu foi de 60%, contra 55 e 50% nas duas interrupções anteriores, sempre segundo fontes da própria empresa.
Na terça-feira, representantes dos trabalhadores se reuniram com parlamentares, perante os quais denunciaram o "clima de medo" que impera na companhia, segundo eles.
Os deputados assinaram uma moção na Câmara dos Comuns na qual expressavam a preocupação pelo fracasso das tentativas de conciliação entre as partes.
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