Carnes: no primeiro semestre do ano, a receita líquida da empresa cresceu 8,6% (Sean Gallup/Getty Images)
Reuters
Publicado em 28 de agosto de 2017 às 20h11.
Última atualização em 28 de agosto de 2017 às 20h16.
São Paulo - O Frigol, considerado o quinto maior grupo do setor de carnes do Brasil, estimou nesta segunda-feira que deve fechar o ano com aumento de cerca de 17 por cento nos abates de bovinos e de mais de 32 por cento nos abates de suínos, o que deve se refletir em um aumento de 15 por cento na receita líquida, para 1,4 bilhão de reais.
"O processo de recuperação da oferta de animais prontos para o abate e o movimento de recuperação da demanda interna -historicamente o segundo semestre apresenta aumento de consumo interno e externo - contribuirão para o resultado da Frigol", disse o presidente-executivo da Frigol, Luciano Pascon, em nota.
No primeiro semestre, a receita líquida cresceu 8,6 por cento frente ao mesmo período em 2016, para 652,03 milhões de reais, e os volumes de abates subiram 13,5 por cento, para 264 mil cabeças.
"O volume de carne desossada também cresceu 26,5 por cento e a produção de linhas especiais evoluiu 53 por cento em relação à primeira metade do ano passado", disse Pascon.
Em ano de instabilidade econômica e setorial, e de recuperação da oferta de animais, a Frigol afirmou ter superado as adversidades com rígida gestão operacional e financeira.
A empresa informou que teve um forte aumento da demanda interna e externa no segundo trimestre, aproveitando-se de espaços deixados por concorrentes no mercado, em meio aos efeitos da delação da cúpula da gigante JBS.
A alavancagem da empresa, disse a Frigol em nota, está entre as menores do segmento (2,1 vezes a dívida líquida/Ebitda), "desempenho obtido com consistente geração de caixa nos últimos anos".
"A melhoria do perfil da dívida e da estrutura de capital contribui para impulsionar os resultados de forma consistente", disse Pascon.
Além disso, a Frigol trabalha para atingir praticamente 100 por cento da capacidade instalada de abate até o final do ano, aumentando ao redor de 20 por cento o volume mensal de abate de bovinos e em 50 por cento o abate de suínos, passando para 48.000 bois mensais e 13.500 suínos.