Negócios

França quer negociar impostos retroativos com Google

Um tribunal francês decidiu neste ano que o Google não era responsável por pagar 1,1 bilhão de euros em impostos retroativos

Google: o Ministério das Finanças da França considera que o Google declarou na Irlanda receitas de anúncios obtidas na França (Jacques Brinon/Reuters)

Google: o Ministério das Finanças da França considera que o Google declarou na Irlanda receitas de anúncios obtidas na França (Jacques Brinon/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 24 de julho de 2017 às 18h04.

Paris - A França está pronta para negociar um acordo com o Google em relação a impostos retroativos, disse o ministro do orçamento, Gerald Darmanin, ao jornal financeiro Les Echos nesta segunda-feira.

Um tribunal francês decidiu neste ano que o Google não era responsável por pagar 1,1 bilhão de euros em impostos retroativos exigidos pelas autoridades francesas.

Embora Darmanin tenha anunciado anteriormente que o governo apelaria contra a decisão, ele disse ao jornal que: "Ninguém quer um longo processo jurídico que atrase a recuperação dos impostos retroativos. Se o Google estiver pronto para conversas sinceras... nossa porta está aberta".

A Reuters não pode contatar um representante do Google França para comentários imediatos fora do horário comercial.

O Ministério das Finanças da França considera que o Google declarou na Irlanda receitas de anúncios obtidas na França e, portanto, evitou o pagamento de impostos corporativos e impostos sob valor agregado.

No entanto, o tribunal administrativo de Paris decidiu em 12 de julho que o Google Irlanda não estava sujeito a impostos corporativos e de valor agregado do período 2005-10, derrubando as demandas do governo para pagamentos retroativos.

Acompanhe tudo sobre:AlphabetFrançaGoogleImpostos

Mais de Negócios

Setor de varejo e consumo lança manifesto alertando contra perigo das 'bets'

Onde está o Brasil no novo cenário de aportes em startups latinas — e o que olham os investidores

Tupperware entra em falência e credores disputam ativos da marca icônica

Num dos maiores cheques do ano, marketplace de atacados capta R$ 300 milhões rumo a 500 cidades