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Apresentado por FRALÍA

Conheça a empresa que quer colocar Minas no mapa mundial do cacau

Com uma nova planta em São Gonçalo do Rio Abaixo, Fralía quer atender à demanda internacional e ampliar o portfólio de produtos de maior valor agregado

Cacau: Fralía pretende triplicar a produção do produto em Minas Gerais (FRALÍA/Divulgação)

Cacau: Fralía pretende triplicar a produção do produto em Minas Gerais (FRALÍA/Divulgação)

EXAME Solutions
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Publicado em 16 de outubro de 2025 às 17h38.

A mineira Fralía, especializada na transformação de cacau em insumos para a indústria alimentícia, vai triplicar sua capacidade produtiva em Minas Gerais com a construção de uma nova fábrica. O projeto marca uma nova etapa de expansão da empresa, que busca se conectar ao avanço agrícola no estado, ampliar a presença internacional e alcançar R$ 300 milhões em faturamento na próxima década.

A unidade está sendo implantada em São Gonçalo do Rio Abaixo, a 100 quilômetros de Belo Horizonte, onde a companhia mantém sua sede. O projeto, do tipo greenfield — construído do zero —, foi desenhado para operar com alto nível de automação, eficiência energética e foco em produtos de maior valor agregado.

“É uma fábrica moderna, já pensada e planejada para o fim a que se destina. Nós sentimos a dor desse crescimento e, de certa forma, essa obra representa uma correção de rota. Ao mesmo tempo, prepara a empresa para o futuro”, afirma o CEO Matheus Pedrosa.

Fralía: modernização da fábrica faz parte da estratégia para o aumento da produção de cacau. (FRALÍA/Divulgação)

A Fralía foi uma das vencedoras do Prêmio Negócios em Expansão da EXAME, na categoria Alimentos e Bebidas, e cresceu mais de 400% nos últimos dez anos. Hoje, atende 250 clientes ativos no Brasil e América do Sul.

Minas Gerais entra no mapa do cacau
O avanço da Fralía ocorre em paralelo a uma reconfiguração do mercado brasileiro de cacau. Antes concentrado na Bahia e no Pará, o cultivo começa a ganhar força no norte de Minas, impulsionado por projetos de pesquisa e pelas mudanças climáticas globais, que têm afetado grandes produtores africanos.

Os primeiros estudos sobre a viabilidade do cultivo na região começaram em 2013, sob coordenação do professor Victor Martins Maia, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

“Hoje, a região já conta com aproximadamente 600 hectares de cacau plantados, com produtividade até dez vezes maior do que a média do sul da Bahia”, afirma Maia. Segundo ele, a combinação de solo semiárido adaptável, tecnologia agrícola e demanda por ingredientes premium transforma Minas em uma nova fronteira produtiva.

Estratégia comercial e fidelização de clientes
Enquanto consolida sua base produtiva, a Fralía fortalece a estratégia de relacionamento comercial. Um dos diferenciais é o Fralía Escudo, modelo de contrato com preços fixados previamente, que protege as indústrias da volatilidade do mercado global.

“A gente literalmente salvou a vida de clientes nos últimos anos. Quando o cacau disparou no mercado internacional, nossos contratos já garantiam o preço travado”, diz Pedrosa. Outro programa é o Fralía com Você, sistema de fidelização gamificado que oferece cashback, bonificações e experiências exclusivas para clientes recorrentes.

Para o conselheiro consultivo Júlio Damião, o atendimento direto e a gestão de custos são os pilares do crescimento. “Atendimento não é commodity. O cliente paga mais por quem entende o negócio dele e isso se precifica. A nova fábrica muda o patamar da empresa. Abre espaço para novos produtos e para exportar com regularidade”, afirma.

Faturamento e ambição internacional
Com a nova planta, a capacidade de produção da Fralía deve alcançar 1.000 toneladas por mês. A companhia opera no modelo direto ao consumidor industrial, sem distribuidores intermediários, com um funil digital interno que integra vendas e relacionamento comercial.

Atualmente, 98% das entregas são gerenciadas por equipes internas, sem atravessadores — o que permite maior controle de margens e experiência de compra. A nova estrutura também vai facilitar a diversificação de portfólio para atender às demandas específicas de indústrias no Brasil e no exterior.

A meta é atingir R$ 300 milhões em faturamento na próxima década e consolidar-se entre as fornecedoras nacionais mais inovadoras e rentáveis do setor. “Não queremos ser os maiores em volume. Queremos ser os mais relevantes em inovação, eficiência e relacionamento”, resume Pedrosa.

Para Flávio Roscoe, presidente da FIEMG, o projeto simboliza um novo ciclo industrial no estado. “O que diferencia a Fralía é a visão de negócios da liderança. Para eles, inovação não é opcional. Existe uma cultura estratégica, e não só técnica, dentro da companhia. Minas está se tornando cada vez mais receptiva ao investimento produtivo, e a Fralía é reflexo disso.”

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