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Foxconn procura sócio brasileiro

Novo parceiro iria bancar até 60% dos US$ 12 bilhões que a chinesa vai investir no país

Fábrica da Foxconn: empresa também fornece peças para a HP e a Dell, entre outras (Patrick Lin/AFP)

Fábrica da Foxconn: empresa também fornece peças para a HP e a Dell, entre outras (Patrick Lin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2011 às 13h41.

Pequim - A Foxconn pretende bancar de 40% a 50% do projeto de investimento de US$ 12 bilhões no Brasil anunciado na semana retrasada, durante visita da presidente Dilma Rousseff à China. O restante viria de parceiros brasileiros e de financiamento ou participação no projeto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), disse uma fonte que acompanhou as conversas com a empresa.

Apesar do ceticismo com que o anúncio foi recebido no Brasil, analistas acreditam que o movimento faz sentido dentro da estratégia da Foxconn. Os custos de produção na China estão subindo e continuarão em alta por muitos anos. O governo anunciou há poucos dias que pretende dobrar a remuneração dos trabalhadores até 2015 e a moeda continuará a se apreciar, ainda que em ritmo mais lento que o desejado por outros países.

Além disso, a produção no Brasil reduziria o preço final dos produtos, que não estariam sujeitos ao Imposto de Importação que encarece eletrônicos e computadores fabricados em outros países. O desktop da Apple de 21,5 polegadas, por exemplo, custa US$ 2,5 mil no Brasil, US$ 1,5 mil na China e US$ 1,2 mil nos Estados Unidos.

Com o aumento da renda e da demanda por produtos de alta tecnologia, faria sentido investir na produção de componentes e equipamentos acabados dentro do Brasil. "As companhias de eletrônicos estão começando a repensar suas estratégias globais de manufatura, produzindo em locais mais próximos do consumidor final, para reduzir os riscos na cadeia de fornecedores e o tempo e custo de transporte", disse Pamela Gordon, presidente da empresa de consultoria Technology Forecast, especializada em estratégias de produção para a indústria de eletrônicos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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