Logo da 20th Century Fox: estúdio de cinema quer se aventurar pelo mundo do teatro (Logo da 20th Century Fox)
João Pedro Caleiro
Publicado em 12 de julho de 2013 às 13h36.
São Paulo - A 20th Century Fox vai finalmente entrar em cena no lucrativo mercado de musicais. O estúdio formou uma parceria com o produtor da Broadway Kevin McCollum, o produtor de cinema John Davis e o executivo de mídia Tom McGrath para desenvolver no mínimo 9 musicais baseados em filmes da empresa nos próximos anos.
A Fox era um dos únicos grandes estúdios do Hollywood que ainda não tinha uma divisão de teatro. Ela já havia licenciado seu material para produções específicas, como “O Jovem Frankenstein”, mas estava esperando para entrar de vez no segmento “da forma certa, e mais importante, com as pessoas certas”, disse o CEO Jim Gianopulos.
Os envolvidos evitaram especular sobre os melhores candidatos para adaptação do vasto portfólio do estúdio, que inclui sucessos como “Titanic”, “Avatar”, “Moulin Rouge”, “Clube da Luta”, “Cocoon” e a série “Star Wars”. Há inclusive a possibilidade de que os projetos retornem para a tela grande após sua repaginada musical.
50% do negócio está nas mãos da Fox, e a outra metade dividida no trio de parceiros, que continuará com seus projetos paralelos. Kevin McCollum é o responsável por sucessos da Broadway como “Rent” e “Avenida Q” e John Davis produziu blockbusters do cinema como “Predador” e "Eu, Robô". Tom McGrath já foi CEO da Viacom e hoje é dono da Key Brand, produtora de teatro com alguns sucessos no currículo e dona da vendedora de ingressos online Broadway.com.
De acordo com o New York Times, 70% dos shows na Broadway perdem dinheiro de alguma forma, mas o investimento e as perdas são pequenos comparados aos do mercado cinematográfico. E os ganhos são potencialmente espetaculares: a Disney anunciou nesta semana que a bilheteria da turnê americana de “O Rei Leão” já ultrapassou a marca de 1 bilhão de dólares.