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Fortune 500 tem recorde de mulheres na presidência -- e percentual é baixo

Pela primeira vez 38 das 500 maiores empresas dos Estados Unidos são lideradas por mulheres, mas há espaço para mais

Com Linda Rendle na presidência da Clorox, Fortune 500 tem recorde de presidentes mulheres (Clorox/Reprodução)

Com Linda Rendle na presidência da Clorox, Fortune 500 tem recorde de presidentes mulheres (Clorox/Reprodução)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 4 de agosto de 2020 às 08h58.

Última atualização em 4 de agosto de 2020 às 09h19.

Nesta segunda-feira, 3, a fabricante de produtos de limpeza Clorox anunciou a nomeação de Linda Rendle à presidência a partir de setembro, em substituição ao Benno Dorer. Com a novidade, a empresa marca na o recorde de mais mulheres presidentes na lista Fortune 500, das 500 maiores empresas do mundo.

Ao todo são 38 presidentes mulheres na lista, isto é apenas 7,6% do total, um avanço de 58% quando comparado a 2018, mas ainda nenhuma delas é negra ou latina.

Os desafios para o avanço existem e começam com as políticas afirmativas dentro de cada empresa. Na América Latina (e no Brasil), por exemplo, 40% das mulheres já sentiram impacto negativo em promoção ou aumento por conta de seu gênero, segundo uma pesquisa da consultoria McKinsey.

Relatórios da consultoria, porém, afirmam que apesar da baixa diversidade no nível presidencial, há melhorias acontecendo. Neste ano, os cargos de "C-Level", como CMO ou CEO,  têm 24% mais mulheres do que em 2015 -- um total de 21%. E, quando se olha para além das 500 maiores empresas, elas representam 30% de todos os vice-presidentes -- contra 70% homens. Entre todos os cargos executivos, em média, um em cada cinco executivos é mulher, mas apenas um em cada 25 executivos é mulher negra.

Por outro lado, as empresas com maior diversidade de gênero reportam maior lucratividade e impacto na margem ebit, como mostra a reportagem desta quinzena de Exame.

Clorox

Rendle ocupa a posição de presidente após 17 anos na Clorox. A executiva também fará parte do conselho de administração. Ao longo da carreira, ela teve passagem por empresas como Procter & Gamble. 

A chegada ao cargo acontece em um momento no qual a demanda por algumas categorias de produtos da empresa cresce significativamente por conta da pandemia do novo coronavírus. Produtos de desinfecção, por exemplo, cresceram 40% no primeiro trimestre deste ano.

 

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