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Nippon Steel paralisa alto-forno, mas vê produção estável

Medidas marcam o primeiro corte de capacidade produtiva desde a fusão da Nippon Steel com a Sumitomo


	Trabalhadores da indústria siderúrgica: indústria do Japão tem sido atingida por queda na demanda de montadoras e empresas que transferiram produção para o exterior
 (KIKO FERRITE/EXAME)

Trabalhadores da indústria siderúrgica: indústria do Japão tem sido atingida por queda na demanda de montadoras e empresas que transferiram produção para o exterior (KIKO FERRITE/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2013 às 08h54.

Tóquio - A Nippon Steel & Sumitomo Metal Group, segunda maior siderúrgica do mundo em volume de aço, anunciou nesta quarta-feira que vai cortar custos com integração de operações e que espera manter sua produção nos níveis atuais ao longo dos próximos três anos.

A companhia revelou ainda planos de paralisar um de três altos-fornos em sua usina em Kimitsu até por volta de março de 2016 e que vai adiar o início de operações de um novo alto-forno da usina em Wakayama.

O anúncio, parte de medidas para alcançar sinergias de pelo menos 200 bilhões de ienes (2,1 bilhões de dólares) anuais em cerca de três anos, marcou o primeiro corte de capacidade produtiva desde que a companhia foi formada por uma fusão das duas siderúrgicas em outubro.

A indústria siderúrgica do Japão tem sido atingida por queda na demanda de montadoras de veículos e empresas que transferiram produção para o exterior, bem como pela construção de novas usinas em outras regiões da Ásia e desaceleração do crescimento econômico da China.

A Nippon Steel & Sumitomo espera que a demanda doméstica fique em cerca de 60 milhões de toneladas por ano. A empresa também informou que vai embarcar em um drástico plano de revisão de suas operações para enfrentar a crescente competição no leste da Ásia.

Apesar de fechar o alto-forno 3 da planta de Kimitsu, a Nippon Steel & Sumitomo manterá a produção de aço bruto na usina por meio da otimização das outras duas unidades da usina, disse o presidente Hiroshi Tomono a jornalistas.

Para cortar custos, a siderúrgica também vai adiar indefinidamente o início de produção do alto-forno 2 da usina de Wakayama, no oeste do Japão.

A companhia planeja gastar 100 bilhões de ienes por ano em investimentos estratégicos, incluindo fusões e aquisiçòes, nos próximos três anos.

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