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Fornecedoras de paywall dos EUA e da Europa juntam forças

Piano Media fechou a compra da concorrente norte-americana maior Press Plus por um montante não revelado


	Wall Street Journal: jornal foi pioneiro na cobrança em seu website no final da década de 1990
 (Reprodução/WSJ)

Wall Street Journal: jornal foi pioneiro na cobrança em seu website no final da década de 1990 (Reprodução/WSJ)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2014 às 12h14.

Paris - A Piano Media, fornecedora europeia de softwares de controle de acesso pago a sites, conhecidos como "paywall", fechou a compra da concorrente norte-americana maior Press Plus por um montante não revelado, conforme cada vez mais jornais e revistas cobram por conteúdo em seus websites.

Kelly Leach, executiva veterana do Wall Street Journal, da News Corp, vai liderar a companhia combinada como presidente-executiva.

Ela tem como meta dobrar a receita no próximo ano defendendo que veículos da Europa, Ásia e América Latina sigam os veículos norte-americanos e montem paywalls.

"Há a compreensão entre publishers agora de que os anúncios online não podem ser as únicas fontes de renda, e assim paywalls estão se tornando cada vez mais importantes", disse Leach em entrevista.

O Wall Street Journal foi pioneiro na cobrança em seu website no final da década de 1990, seguido pelo Financial Times em 2001 e o New York Times em 2008, que criou o que é chamado de paywall de acesso "limitado", onde usuários podem visualizar um pequeno número de artigos gratuitamente antes de precisarem assinar o produto.

Nos últimos anos, um número menor de jornais e revistas dos EUA também adotaram paywalls como maneira de impulsionar as vendas enquanto a receita com publicidade caía.

Analistas estimam que cerca de metade dos diários dos EUA hoje cobram por seus websites. O sucesso dos paywalls levou a uma mudança história na mídia nos EUA, com assinaturas e receita de leitores gerando mais dinheiro do que a publicidade.

O New York Times gerou cerca de 60 por cento de sua receita com leitores e não publicidade no ano passado, disse o analista Ken Doctor, enquanto a indústria norte-americana no geral está caminhando para conseguir 30 por cento de sua receita com leitores no ano que vem.

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