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Fornecedora da Petrobras, Lupatech pede recuperação judicial

Aproximadamente 85% do faturamento do grupo, que no passado foi de R$ 519 milhões, tem origem em contratos firmados com a estatal


	Aproximadamente 85% do faturamento do grupo, que no passado foi de R$ 519 milhões, tem origem em contratos firmados com a estatal
 (Germano Lüders/EXAME)

Aproximadamente 85% do faturamento do grupo, que no passado foi de R$ 519 milhões, tem origem em contratos firmados com a estatal (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2015 às 12h20.

São Paulo - A Lupatech, maior fornecedora nacional de equipamentos e serviços para a Petrobras, entrou nesta terça-feira, 26, com pedido de recuperação judicial na comarca de São Paulo depois de tentar, nos últimos dois anos, negociar com credores sem ter de recorrer à proteção da Justiça.

Aproximadamente 85% do faturamento do grupo, que no passado foi de R$ 519 milhões, tem origem em contratos firmados com a estatal - envolvida em denúncias de corrupção que estão sendo investigadas pela Operação Lava Jato.

Depois que o pedido se tornou público, hoje, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou a nota de crédito em escala global da Lupatech, de CCC para D.

No comunicado, a agência cita "tendências negativas para as companhias do setor de petróleo e gás no Brasil, devido à investigação de corrupção em andamento na companhia nacional de petróleo" e aos preços mais baixos da commodity.

Desde 2013, a Lupatech vem passando por um processo de reestruturação que evoluiu no início do ano passado para uma recuperação extrajudicial.

Segundo o advogado da empresa, Paulo Campana, sócio do escritório Felsberg e Associados, esse procedimento foi adotado para renegociar uma dívida de US$ 300 milhões com detentores de títulos da empresa, os chamados bondholders.

"Eles converteram 85% desse valor em ações da companhia e o processo foi encerrado no ano passado", disse. Ao longo dos últimos dois anos, o grupo reduziu seu endividamento total de R$ 1,6 bilhão para cerca de R$ 400 milhões.

A reestruturação da companhia envolveu também a venda de ativos: entre 2014 e o início deste ano, a empresa reforçou o caixa com cerca de US$ 30 milhões resultantes dessas operações. O próximo passo seria buscar um investidor que colocasse dinheiro novo na empresa.

Os principais acionistas, entre eles o BNDES, a Petros (fundo de pensão dos funcionários da Petrobras) e a gestora de investimentos GP já foram diluídos. Hoje, depois da reestruturação da dívida, o BNDESPar tem 29,6% da Lupatech; o banco JP Morgan, 44,2%; Itaú, 8,7% e Banco Votorantim, 6,4%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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