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Fornecedora da Apple viola direitos trabalhistas, diz grupo

Segundo China Labor Watch a Pegatron está forçando os funcionários a trabalhar horas extras não remuneradas sob precárias condições de trabalho


	Loja da Apple em Hong Kong: companhia afirmou que havia realizado 15 auditorias nas instalações da Pegatron para assegurar condições de trabalho seguras e justas
 (David Paul Morris/Bloomberg)

Loja da Apple em Hong Kong: companhia afirmou que havia realizado 15 auditorias nas instalações da Pegatron para assegurar condições de trabalho seguras e justas (David Paul Morris/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2013 às 09h40.

Pequim - A empresa taiwanesa Pegatron, que fabrica produtos da Apple, estaria violando direitos dos trabalhadores em suas fábricas chinesas em Xangai e Suzhou, afirmou o grupo nova-iorquino China Labor Watch em relatório desta segunda-feira.

A Pegatron, que monta iPads e iPhones em suas fábricas na China, está forçando os funcionários a trabalhar horas extras não remuneradas sob precárias condições de trabalho, entre outras imposições, afirmou o China Labor Watch.

"As fábricas da Pegatron estão infringindo um grande número de leis e padrões internacionais e chineses, bem como as normas do próprio código de responsabilidade social da Apple", disse o relatório.

A Pegatron disse em comunicado que iria investigar o assunto e que tomaria medidas imediatas para corrigir eventuais violações das leis trabalhistas chinesas e seu próprio código de conduta.

Respondendo ao último relatório do China Labor Watch, a Apple afirmou que havia realizado 15 auditorias nas instalações da Pegatron desde 2007, que abrangeram mais de 130 mil trabalhadores, para assegurar condições de trabalho seguras e justas em toda a sua cadeia de abastecimento.

"O último relatório contém afirmações que são novos para nós e vamos investigá-los imediatamente", disse a Apple. "Se nossas auditorias descobrirem que os trabalhadores têm sido mal pagos ou que têm tido a compensação para hora extra negada, vamos exigir que Pegatron os reembolse na íntegra." O China Labor Watch divulgou ter enviado investigadores a paisana em três fábricas da Pegatron, realizando cerca de 200 entrevistas com trabalhadores fora das unidades entre março a julho.

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