Negócios

Após recomendação do MP, Vale diz que avalia afastamento de diretoria

Força-tarefa que investiga tragédia da Vale recomendou o afastamento imediato de Scharvtsman, além de diretores e outros executivos da empresa

Fabio Schvartsman: CEO da Vale pode ser afastado com outros diretores (Ueslei Marcelino/Reuters)

Fabio Schvartsman: CEO da Vale pode ser afastado com outros diretores (Ueslei Marcelino/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 2 de março de 2019 às 15h45.

Última atualização em 2 de março de 2019 às 17h33.

São Paulo - A mineradora Vale afirmou neste sábado que seu conselho de administração irá analisar no tempo devido o pedido de afastamento do presidente Fabio Scharvtsman e outros executivos da companhia, encaminhado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal após o rompimento da barragem de rejeitos de mineração em Brumadinho (MG) que matou centenas de pessoas em janeiro.

As autoridades que trabalham na força tarefa que investiga a tragédia recomendaram à Vale o afastamento imediato de Scharvtsman, além de diretores e outros executivos da empresa.

Na noite da véspera, o jornal Folha de S. Paulo informou que o MPF, a PF e o Ministério Público de Minas Gerais deram 10 dias para que a Vale informe se acatará ou não os pedidos.

“A diretoria da Vale coopera permanentemente com as autoridades encarregadas da investigação, fornecendo absolutamente tudo que lhe é demandado para instruir os procedimentos investigatórios em curso, tendo seus executivos e funcionários se colocado à disposição voluntariamente para prestarem depoimentos com o firme objetivo de auxiliar no esclarecimento das causas do lamentável rompimento da Barragem de Feijão”, disse a companhia em nota à imprensa.

“As reportadas recomendações conjuntas da Força Tarefa e Polícia Federal foram encaminhadas ao Conselho de Administração da companhia e serão analisadas oportunamente pelo colegiado, dentro do prazo estabelecido”, acrescentou.

Uma barragem de rejeitos da mina de minério de ferro Córrego do Feijão, da Vale, rompeu-se em Brumadinho em 25 de janeiro, liberando uma onda de resíduos de beneficiamento que soterrou trabalhadores e moradores locais.

O desastre deixou pelo menos 182 mortos confirmados e mais de 100 desaparecidos.

Acompanhe tudo sobre:Brumadinho (MG)Fabio SchvartsmanPolícia FederalVale

Mais de Negócios

Black Friday tem maquininha com 88% de desconto e cashback na contratação de serviços

Início humilde, fortuna bilionária: o primeiro emprego dos mais ricos do mundo

A Lego tinha uma dívida de US$ 238 milhões – mas fugiu da falência com apenas uma nova estratégia

Jovens de 20 anos pegaram US$ 9 mil dos pais para abrir uma startup — agora ela gera US$ 1 milhão