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Fnac fecha última loja no país e ex-funcionários fazem protesto em SP

Funcionários realizaram ato para exigir o pagamento de direitos trabalhistas

Fnac: companhia decidiu se retirar do Brasil (Balint Porneczi/Bloomberg)

Fnac: companhia decidiu se retirar do Brasil (Balint Porneczi/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de outubro de 2018 às 18h32.

A rede de livrarias Fnac fechou na segunda-feira, 15, sua última unidade no Brasil, localizada em Goiânia. Nesta terça-feira, ex-funcionários da empresa realizaram um protesto na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo, para exigir o pagamento de seus direitos trabalhistas.

Andréia Soares era funcionária da Fnac em Campinas, interior de São Paulo. A loja onde trabalhava foi fechada no dia 10 de setembro, juntamente com outras quatro no Estado. Ela conta que o protesto na Avenida Paulista foi organizado porque a empresa ainda não pagou a multa rescisória.

"Fomos informados de que o pagamento seria feito até o dia 10 de outubro. Como o dinheiro não entrou na conta, tentamos pedir informações ao RH da empresa, mas não obtivemos mais resposta", contou Andréia.

Comprada há 15 meses pela rede de livrarias brasileira, a Fnac teve quase todas as suas unidades fechadas desde então. Até o momento, a única unidade ainda aberta era a do Flamboyant Shopping, em Goiânia, que foi fechada e deve dar espaço a uma nova loja da Livraria Cultura. As informações são do Jornal Opção.

Andréia afirmou ainda que foram informados pelo sindicato local que a Livraria Cultura havia entrado em contato com e faria o parcelamento do pagamento da multa rescisória, mas até o final da tarde desta terça-feira os ex-funcionários continuavam sem receber o dinheiro.

"Estamos em contato com os ex-funcionários de São Paulo. Eles têm a mesmas queixas porque as lojas foram fechadas no mesmo dia que a nossa. Precisamos da verba rescisória porque, sem ela, não conseguimos sacar o FGTS e nem o seguro desemprego", explicou Andréia.

Sobre o protesto na loja da Avenida Paulista, a Livraria Cultura afirmou por comunicado que "a empresa não vai se manifestar por enquanto".

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