Grupo Fleury: em dezembro, a empresa lançou testes de DNA voltados para o risco de ter câncer (Leandro Fonseca/Exame)
Carolina Ingizza
Publicado em 25 de março de 2021 às 15h43.
Última atualização em 25 de março de 2021 às 17h14.
Três meses após o lançamento da nova frente de negócio Sommos DNA, o grupo Fleury está colocando no mercado um novo tipo de teste genético. Se em dezembro a empresa permitia somente que os pacientes mapeassem o risco de ter câncer, agora eles poderão descobrir também se têm alguma predisposição genética para desenvolver doenças cardíacas.
“O intuito é empoderar a pessoa que está preocupada em ser saudável. É um comportamento parecido com o de quem faz um check-up”, afirma Arthur Hernandes, gerente de negócios da Sommos DNA. A ideia do Fleury é fornecer dados mais precisos para que indíviduos, médicos e grupos de saúde possam adotar estratégias preventivas de forma mais assertiva.
Os testes podem ser feitos por qualquer pessoa, mesmo sem pedido médico. O próprio paciente coleta amostras de saliva e encaminha ao laboratório. Ao receber os resultados, um médico do grupo faz uma consulta para poder explicar os dados e mostrar ao paciente como ele pode agir para diminuir os riscos de desenvolver determinada doença.
Atualmente, os testes genéticos para câncer e doenças cardíacas podem ser feitos separadamente a partir de 1.299 reais cada um. Se o paciente quiser fazer as duas análises juntas, o preço é de 1.449 reais. Hernandes diz que a companhia tem feito campanhas de desconto, então hoje o tíquete médio do produto gira em torno de 1.100 reais e pode ser parcelado em até 12 vezes.
"Nesses primeiros meses, até por conta do parcelamento, conseguimos atingir clientes de todas as classes sociais", diz o gerente. No geral, mulheres entre 20 e 40 anos são as que mais buscam os testes genéticos da companhia. Outro comportamento curioso que a empresa notou foi o de filhos que compram o produto como um presente para seus pais poderem planejar a saúde.
Nos próximos meses, o Fleury vai investir ainda mais no desenvolvimento de análises de outros genes relacionados a diferentes patologias. Em paralelo, o grupo trabalha para que o custo unitário do teste caia e mais pessoas possam ser atendidas.
No futuro, o objetivo da companhia é poder oferecer os dados anônimos de determinados grupos para operadoras de plano de saúde, hospitais e o próprio Sistema Único de Saúde. Com isso, seria mais fácil planejar estratégias de atuação e prevenção de determinadas doenças. A oportunidade é grande: a expectativa da empresa é que o mercado de genética movimente 5 bilhões de reais nos próximos anos.
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