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Fleury deve manter alta de dois dígitos da receita

A previsão é de que a receita líquida da empresa passe de um crescimento entre 13% e 14% ao ano para um intervalo de 16% a 17% em 2012, segundo o presidente

Alguns meses após consolidar em uma única marca 13 dos 26 laboratórios que adquiriu nos últimos nove anos, o grupo segue avaliando possíveis aquisições (Divulgação)

Alguns meses após consolidar em uma única marca 13 dos 26 laboratórios que adquiriu nos últimos nove anos, o grupo segue avaliando possíveis aquisições (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2011 às 15h15.

Rio de Janeiro - O Grupo Fleury deve manter o crescimento de dois dígitos da receita em 2012, segundo o presidente da companhia, Omar Hauache.

A margem Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) deverá se manter nos patamares atuais até 2012.

"Para este ano e para o ano que vem, a margem Ebitda não deve se alterar", disse o executivo em entrevista à Reuters, por telefone. Segundo ele, o indicador deve ficar entre 23 e 24 por cento ao ano.

A previsão é de que a receita líquida passe de um crescimento entre 13 e 14 por cento ao ano para um intervalo de 16 a 17 por cento em 2012.

"É apenas uma estimativa. Nosso principal foco é crescer de maneira sustentável", afirmou.

Alguns meses após consolidar em uma única marca 13 dos 26 laboratórios que adquiriu nos últimos nove anos, o grupo segue avaliando possíveis aquisições, ao mesmo tempo em que se dedica ao crescimento orgânico.

Em maio, a companhia anunciou a integração de 13 empresas adquiridas desde 2002 sob uma única marca, chamada de A+. "Assim fica mais fácil explicar o valor da marca versus 13 marcas e também para negociar a política de preços junto aos planos de saúde", disse Hauache.

A empresa manteve a marca Fleury, mais conhecida em São Paulo, e a Weinmann, no Rio Grande do Sul.

"É possível anunciarmos uma aquisição ainda este ano... Há muitas empresas interessantes no nosso mercado, que desejamos que sejam integradas ao Fleury", afirmou. "Mas é muito difícil prever em que tempo elas serão concluídas."

Segundo o executivo, a empresa procura companhias em regiões com mais de 1 milhão de habitantes e com grande potencial de crescimento, além de "bons contratos" comerciais com os planos de saúde.

Embora não existam dados oficiais, Hauache estima que o mercado de medicina diagnóstica no Brasil seja formado por mais de 15 mil empresas, a maioria negócios familiares. O faturamento do setor é de 12 bilhões de reais ao ano. O Fleury tem participação de pouco mais de 10 por cento, com um faturamento anual de 1,5 bilhão de reais.


Um dos maiores negócios já fechados pela companhia foi feito em julho de 2011, com a aquisição da rede Labs D'or, no Rio de Janeiro, por 1,9 bilhão de reais. No mesmo mês, também informou a compra da Diagnoson, em Salvador (BA). O negócio foi fechado por meio de troca de ações entre as companhias.

Expansão orgânica

O Fleury pretende aumentar em 25 por cento ao ano a metragem quadrada da sua base instalada pela expansão das unidades existentes e construção de novos laboratórios. A ideia é adicionar 14 mil metros quadrados em 2011 e outros 15 mil no ano que vem.

No segundo trimestre de 2011, o Fleury registrou lucro líquido de 33 milhões de reais, alta de 5,7 por cento em relação ao ano anterior. A receita cresceu 12,3 por cento, para 244,6 milhões de reais.

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