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Fitch Solutions vê falhas em promessa de combater desmatamento

Compromisso de interromper e reverter a perda florestal até 2030, assinado por países como Brasil, Colômbia e Indonésia durante a COP26, não é juridicamente vinculante

Desmatamento na floresta amazônica, em Mato Grosso: Brasil é principal mercado da Pachama (Paulo Whitaker/Reuters)

Desmatamento na floresta amazônica, em Mato Grosso: Brasil é principal mercado da Pachama (Paulo Whitaker/Reuters)

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Bloomberg

Publicado em 5 de novembro de 2021 às 15h40.

Por Sybilla Gross, da Bloomberg

Para a Fitch Solutions, a promessa feita por 100 países na COP26 de acabar com o desmatamento tem várias falhas, o que significa que não terá muito impacto na produção agrícola global.

O compromisso de interromper e reverter a perda florestal até 2030, assinado por países como Brasil, Colômbia e Indonésia durante a cúpula climática, não é juridicamente vinculante e não possui mecanismos de monitoramento e aplicação, afirmou a empresa de pesquisa em relatório. Além disso, o financiamento proposto de US$ 19 bilhões provavelmente é insuficiente.

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“A nova promessa não resultará em um impacto significativo na produção agrícola”, disse a Fitch Solutions. “Em vez disso, observamos isso como um risco de perdas, ao mesmo tempo em que destacamos uma série de incertezas e deficiências associadas ao compromisso.”

A empresa manteve as projeções para a produção agrícola, inclusive para commodities que tendem a impulsionar práticas de desmatamento, como pecuária, soja, óleo de palma, café e cacau.

A empresa estima a produção brasileira de carne bovina e soja crescendo a uma taxa média de cerca de 3% ao ano até 2025. Na Indonésia, a produção de óleo de palma continuará a se expandir em 3,7%, enquanto o cacau produzido na África Ocidental também deve crescer ainda mais.

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