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Fitch reforça rating da Petrobras em BB, com perspectiva negativa

Segundo a agência, a nota da petroleira continua a refletir a proximidade com o rating do Brasil

Petrobras: maior redução da dívida da empresa dependerá do sucesso de seu programa de desinvestimento (Dado Galdieri/Bloomberg/Bloomberg)

Petrobras: maior redução da dívida da empresa dependerá do sucesso de seu programa de desinvestimento (Dado Galdieri/Bloomberg/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 14h44.

São Paulo - A agência de classificação de risco Fitch reafirmou o rating em moeda estrangeira BB da Petrobras, com perspectiva negativa. Além disso, a agência também reafirmou o rating em moeda nacional AA+(bra), com perspectiva igualmente negativa.

A Fitch diz que o rating da petroleira continua a refletir sua ligação próxima com o rating soberano do Brasil, devido ao controle do governo sobre a companhia e sua importância estratégica para o País por sua posição dominante como fornecedora de combustíveis líquidos.

A agência cita que, por lei, o governo federal precisa deter pelo menos a maioria das ações votantes da Petrobras. "O governo atualmente detém 60,5% dos direitos de voto da Petrobras, direta e indiretamente, e possui no geral uma fatia econômica de 46% na companhia", diz a Fitch.

A Fitch diz esperar que a Petrobras obtenha uma geração de fluxo livre de caixa neutra no médio prazo, apoiada pela crescente produção, bem como por itens como menores gastos com investimento e menores dividendos.

Segundo a agência, uma maior redução da dívida da empresa dependerá do sucesso de seu programa de desinvestimento, o que a Fitch avalia como incerto e difícil de prever, "embora a companhia tenha demonstrado progresso substancial até agora".

O plano de negócios da companhia aponta para desinvestimento de US$ 19,5 bilhões em ativos para 2017 e 2018, lembra a agência.

O cenário-base da Fitch é que a alavancagem da Petrobras, medida pela relação entre dívida total e Ebitda, fique entre 4x e 5x no médio prazo e que a alavancagem recue apenas se o programa de desinvestimento da empresa for bem-sucedido.

Além disso, a agência prevê que a produção bruta da companhia aumente para aproximadamente 3,1 milhões de barris de petróleo equivalente por dia ao longo dos próximos dois ou três anos, ficando portanto relativamente estável nos próximos dois anos.

O crescimento da produção deve ser impulsionado pelo desenvolvimento de ativos da empresa no chamado pré-sal.

A Fitch afirma ainda que uma ação negativa de rating sobre a Petrobras poderia ocorrer como resultado de um corte no rating soberano ou diante da percepção eventual de uma menor vinculação entre a companhia e o governo brasileiro.

Já uma ação de rating positiva no Brasil poderia ter resultado similar no rating da Petrobras, diz a agência.

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