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Fitch rebaixa nota de crédito da Vale para "BBB-"

Agência de classificação de risco colocou observação negativa sobre notas da mineradora após desabamento de barragem em Brumadinho (MG)

Vale: O rebaixamento conta com os custos de reparação que são impostos à empresa (Paulo Whitaker/Reuters)

Vale: O rebaixamento conta com os custos de reparação que são impostos à empresa (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 20h15.

Última atualização em 28 de janeiro de 2019 às 20h36.

A agência de classificação de risco Fitch rebaixou os ratings Vale para "BBB-", de "BBB+", e colocou a nota da mineradora em observação negativa, após o colapso da barragem de rejeitos da mina Córrego do Feijão na última sexta-feira, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira.

"Esses rebaixamentos refletem a expectativa da Fitch de que a empresa incorrerá em pesados ​​custos de reparação como resultado desse acidente...", disse a agência.

O desastre também gerou expectativa de multas substanciais, já que o colapso da barragem ocorreu aproximadamente três anos depois do acidente em Mariana (MG), com outra estrutura de depósitos de rejeitos de mineração, da Samarco.

Até o momento, bloqueios judiciais e multas contra a Vale por conta da tragédia somaram mais de 12 bilhões de reais.

Um escritório de advogados nos EUA, The Rosen Law Firm, abriu nesta segunda-feira uma ação coletiva contra a Vale, o diretor-presidente da empresa, Fabio Schvartsman, e o diretor financeiro Luciano Siani.

Além de questões relacionadas a ações judiciais e indenizações, a redução do rating foi feita pela Fitch diante de uma expectativa de diminuição da produção da Vale no curto prazo e investimento adicional para remediação e outras despesas possíveis para garantir a segurança nas várias outras barragens da empresa ou para avançar para o processamento a seco.

Há pressões de trabalhadores da empresa para acabar com o sistema de barragens que desabaram em Brumadinho e Mariana, conforme reportagem da Reuters.

Em um cenário em que a Vale perde toda a produção do complexo de Paraopeba, onde está a mina, o Ebitda cairia de estimados 15 bilhões de dólares em 2019 para 13,6 bilhões de dólares.

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