Dylan Field: CEO e fundador da Figma deve ficar com a maior parte da oferta. (Kimberly White/Getty Images)
Freelancer
Publicado em 31 de julho de 2025 às 08h25.
A Figma estreou nesta quinta-feira, 31, na Bolsa de Valores de Nova York com uma avaliação de US$ 19,3 bilhões, após precificar sua oferta pública inicial (IPO) a US$ 33 por ação — valor acima da faixa revisada de US$ 30 a US$ 32. A forte demanda impulsionou o valor da abertura e consolidou o IPO como um dos maiores do ano.
Segundo a Bloomberg, a oferta foi 40 vezes sobrescrita, ou seja, houve demanda para comprar 40 vezes mais ações do que as disponíveis. Isso gerou uma valorização expressiva logo no lançamento.
A companhia conseguiu levantar US$ 1,2 bilhão com a oferta. Entretanto, vale lembrar que a maioria do dinheiro vai para os investidores que já detinham ações — entre eles, o próprio CEO e fundador Dylan Field. A empresa vendeu aproximadamente metade das ações, enquanto o restante foi oferecido por acionistas secundários.
O site relembra que o resultado do IPO aproxima o valor de mercado da Figma do patamar de US$ 20 bilhões que havia sido acordado na tentativa de aquisição pela Adobe, encerrada em 2023 após resistência de órgãos reguladores na Europa e nos Estados Unidos.
A empresa, conhecida por seu software colaborativo de design usado por profissionais de produto, designers e engenheiros, se tornou um dos nomes mais relevantes do setor nos últimos anos, especialmente após o aumento da digitalização no pós-pandemia.
A listagem marca uma virada importante para o mercado de tecnologia, que vinha enfrentando uma desaceleração nos IPOs. O forte apetite de investidores indica otimismo com empresas de software que mostram crescimento sustentável e forte base de usuários, segundo a reportagem.
A estreia bem-sucedida pode também abrir caminho para outras techs retomarem seus planos de abertura de capital ainda em 2025.