Negócios

Suzano quer "discutir alternativas estratégicas" com Fibria

Suzano procurou a Fibria para discutir a possibilidade de combinar ativos ou propor uma aquisição; as ações das empresas operavam em alta nesta segunda

Fibria e Suzano: uma potencial fusão entre as empresas precisaria levar em consideração a nova capacidade de produção da Fibria após o início da operação da segunda linha produtiva em Três Lagoas (MS) (Germano Luders/Exame)

Fibria e Suzano: uma potencial fusão entre as empresas precisaria levar em consideração a nova capacidade de produção da Fibria após o início da operação da segunda linha produtiva em Três Lagoas (MS) (Germano Luders/Exame)

R

Reuters

Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 14h26.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2018 às 14h31.

São Paulo - Os acionistas controladores da Fibria Celulose foram procurados por representantes da Suzano Papel e Celulose "para discutir alternativas estratégicas", informou nesta segunda-feira a maior produtora de celulose de eucalipto do mundo.

O comunicado foi enviado em resposta ao questionamento da Comissão de Valores Mobiliários sobre reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, na última sexta-feira, afirmando que a Suzano procurou a Fibria para discutir a possibilidade de combinar ativos ou mesmo propor uma aquisição.

Separadamente, a Suzano confirmou que foram estabelecidas discussões "muito preliminares" com representantes da Fibria sobre "possível negócio envolvendo as empresas, sem nenhum formato ou estrutura definida".

As ações de ambas as empresas operavam em alta nesta segunda-feira, com Suzano subindo 2,7 por cento e Fibria em valorização de 2,6 por cento às 13:35 (horário de Brasília).

Os controladores da Fibria são Votorantim Participações e o braço de participações em empresas do BNDES, BNDESPar. Já a Suzano é controlada pela família Feffer.

Fontes próximas do assunto afirmaram que uma potencial fusão entre Fibria e Suzano precisaria levar em consideração a nova capacidade de produção da Fibria após o início da operação da segunda linha produtiva em Três Lagoas (MS). A nova capacidade muda o valor da Fibria em relação à Suzano, afirmaram as fontes.

A segunda linha da Fibria em Três Lagoas foi iniciada em setembro passado e elevou a capacidade da Fibria em 1,95 milhão de toneladas, para 7,2 milhões de toneladas de celulose por ano. A Suzano tem uma capacidade de 3,6 milhões de toneladas por ano de celulose e de 1,2 milhão de toneladas em papel.

Outras duas fontes próximas do assunto afirmaram que nenhuma das companhias contratou assessores financeiros por enquanto para as negociações.

As discussões da Suzano com Fibria também ocorrem enquanto a própria Suzano avalia construir uma nova fábrica de celulose no Estado de São Paulo e em meio a notícias de que é favorita na compra da fabricante de celulose Lwarcel, também em São Paulo.

Acompanhe tudo sobre:FibriaFusões e AquisiçõesPapel e Celulosesuzano

Mais de Negócios

De food truck a 130 restaurantes: como dois catarinenses vão fazer R$ 40 milhões com comida mexicana

Peugeot: dinastia centenária de automóveis escolhe sucessor; saiba quem é

Imigrante polonês vai de 'quebrado' a bilionário nos EUA em 23 anos

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira