Fábrica da Fibria: empresa quer aumentar em 110 mil hectares adicionais de florestas plantadas de eucalipto para produção de fábrica em Minas Gerais. (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
São Paulo - O presidente da Fibria, Carlos Aguiar, afirmou nesta quinta-feira que a companhia precisará de 110 mil hectares adicionais de florestas plantadas de eucalipto para que sua segunda unidade em Três Lagoas (MS) possa entrar em operação. A unidade deve começar a produzir no final de 2014, disse o executivo, durante evento que marca a entrada da companhia no Novo Mercado da Bovespa.
"Já detectamos um excedente de 30 mil toneladas da primeira fábrica... até 45 por cento das terras que precisamos virão de terceiros", disse Aguiar, também sinalizando a possibilidade de que, inicialmente, a unidade utilize madeira vinda do projeto Losango (RS), atualmente paralisado.
De acordo com ele, a International Paper (IP), que possui uma fábrica integrada à da Fibria em Três Lagoas, decidirá até 2013 se também terá uma segunda unidade no local. "Mas não queremos outro parceiro além da IP. Se não forem eles não será ninguém", disse o executivo.
A unidade sul-matogrossense fará uma parada para manutenção de 10 dias em junho, deixando de produzir cerca de 30 mil toneladas no período. Somando-se à parada programa das unidades de Aracruz (ES) também neste trimestre, entre abril e junho a companhia terá deixado de produzir até 70 mil toneladas de celulose. "Mas a redução já era esperada e não prejudicará a Fibria", ressaltou Aguiar.
A respeito de novos aumentos de preços, ele afirmou que a companhia continua atenta ao atual cenário, mas lembrou que o período entre junho e agosto é tradicionalmente fraco. Para o executivo, os anos de 2011 e 2012 devem registrar um "aperto" no fornecimento de celulose no mundo, por conta da redução global do aumento de capacidades.
Além disso, o presidente da Fibria disse que a desvalorização do euro ante o dólar deve beneficiar produtoras europeias de celulose e papel no que se refere à competitividade. "Mas isso não deve reduzir as importações do Brasil", acrescentou.
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