Fibria: a empresa anunciou que pretende investir 2,06 bilhões de reais no próximo ano, valor praticamente estável ao previsto para desembolso neste ano (Rich Press)
Reuters
Publicado em 30 de novembro de 2016 às 17h04.
Nova York - A Fibria deve reajustar preços de celulose para clientes de Estados Unidos e Europa em 2017, após ter elevado seus preços em 20 dólares a tonelada na Ásia a partir de dezembro, afirmou nesta quarta-feira o diretor comercial da companhia, Henri Philippe Van Keer, em evento com analistas e investidores.
"Haverá aumento de preço no próximo ano com certeza. Espero que seja mais de um (reajuste). No próximo ano, na Europa e EUA, com certeza", disse o executivo.
"O potencial aumento de preço será global ou nos EUA e Europa", acrescentou o executivo sem mencionar valores.
A companhia avalia que o mercado mundial de celulose estará mais balanceado em 2017 em termos de oferta e demanda e não acredita em mudanças significativas neste cenário em 2018 diante de receios sobre uma eventual pressão de excesso de capacidade.
Segundo dados citados pela Fibria, a demanda por celulose de eucalipto em 2016 cresceu 1,3 milhão de toneladas, enquanto a capacidade líquida avançou 870 mil toneladas.
Durante a apresentação, a empresa anunciou que pretende investir 2,06 bilhões de reais no próximo ano, valor praticamente estável ao previsto para desembolso neste ano, de 1,97 bilhão de reais, e que não inclui recursos previstos para a ampliação da fábrica da companhia em Três Lagoas (MS).
O valor do investimento previsto na ampliação de Três Lagoas segue o informado em outubro, de 7,49 bilhões de reais, disseram executivos da empresa.
A obra já atingiu 71 por cento de conclusão e a expectativa é que a nova unidade comece a produzir no início do quarto trimestre de 2017.
O presidente da Fibria, Marcelo Castelli, disse que a companhia não vai buscar ativamente aquisições, apesar de acreditar que a indústria estaria melhor se embarcasse em um processo de consolidação.
"Acreditamos que não estamos fora do jogo (de fusões e aquisições). Enquanto isso, estamos focados na execução de nossos projetos. Se decidirmos começar a falar sobre consolidação, isso vai levar tempo", disse Castelli.
Às 16:48, as ações da Fibria exibiam queda de 5,6 por cento, destaque negativo do Ibovespa, que tinha alta de 1,7 por cento. Os papéis das rivais Suzano e Klabin também recuavam, 2,5 e 3 por cento, respectivamente.